Filho de Carlos Alberto sobrevive a 8 paradas cardíacas; entenda melhor
Resumo da notícia
- Filho de Carlos Alberto de Nóbrega sobrevive a oito paradas cardíacas
- Problema pode ser causado por diversas doenças
- Atendimento rápido aumenta chances de vida
O humorista Carlos Alberto de Nóbrega revelou na última quinta-feira (14), que o filho Marcelo de Nóbrega, 54 anos, sofreu um infarto, seguido de oito paradas cardíacas. O comunicado foi feito no encerramento do programa "A Praça é Nossa", do SBT, apresentado por Carlos Alberto e dirigido por Marcelo, mas o problema de saúde ocorreu no dia 7 de março. Antes disso, ele já havia comentado sobre isso em suas redes sociais no dia 12.
Apesar do susto sofrido por todos da família, Nóbrega afirmou que o filho está se recuperando bem e teve alta no dia 12. "Ele já está em casa e vivo por milagre", disse.
De acordo com entrevista dada ao UOL, Marcelo afirmou que teve apenas uma artéria obstruída, o que foi suficiente para interromper o fluxo de sangue oxigenado ao coração e causar um infarto. Ao sentir as dores no peito, ele se encaminhou a um hospital e então teve as paradas cardíacas, sendo reanimado com massagem cardíaca e desfibrilador. O ator e diretor passou por uma angioplastia, para desobstruir a artéria entupida e reestabelecer o fluxo de sangue ao coração.
De fato, sobreviver a oito paradas cardíacas sem sequelas é incomum. "Geralmente, a pessoa morre na primeira e quando sobrevive fica com algumas consequências", diz Bruno Valdigem, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital Albert Einstein.
No entanto, quanto mais rápido o atendimento, maior a chance de sobrevivência e ausência de sequelas. No caso de Marcelo, ele já estava no hospital quando precisou ser reanimado, o que facilitou a rapidez do socorro. "Com a demora do atendimento, o cérebro e o coração começam a sofrer danificações devido à falta de bombeamento do sangue", explica o cardiologista.
De acordo com a Fundação Nacional de Ressuscitação Cardiorrespiratória, dos Estados Unidos, a partir de quatro minutos após a parada o cérebro pode começar a apresentar danos e a partir de 6 minutos esse dano é esperado pelos médicos. Mais de 10 minutos sem a recuperação do pulso torna a chance de morte muito maior.
Valdigem reforça que arritmias cardíacas, doenças genéticas do coração e asfixia também podem gerar paradas cardíacas, que são diferentes de um infarto: as paradas ocorrem quando o fluxo de sangue que o coração gera é incapaz de manter oxigenação mínima do corpo, e é medida usando a falta de pulso.
Já o infarto ocorre quando há uma interrupção da chegada do sangue oxigenado que alimenta o coração, o que não necessariamente reduz seus batimentos na hora.
Como ajudar uma pessoa que está sofrendo uma parada cardíaca?
Mas como garantir um atendimento rápido quando não se está no hospital? Caso esteja em casa sozinho com alguém que sofra com uma parada cardíaca, peça ajuda médica imediatamente ou de alguém que saiba fazer primeiros socorros e fique atento aos sinais vitais.
E se tiver alguém que saiba fazer massagem cardíaca, faça o processo imediatamente. Os especialistas orientam a fazer a massagem, seguindo 100 compressões por minuto (ou 30 compressões para 2 ventilações, se a pessoa souber como fazer ventilação boca a boca). O socorro feito de maneira rápida garante menor risco de morte e sequelas.
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