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Disfunção erétil e outras 5 complicações que o diabetes pode trazer

O diabetes descontrolado afeta a circulação sanguínea e pode prejudicar a ereção do homem e a libido da mulher - iStock
O diabetes descontrolado afeta a circulação sanguínea e pode prejudicar a ereção do homem e a libido da mulher Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

16/03/2019 17h15

Resumo da notícia

  • O diabetes é uma das quatro doenças que mais matam no Brasil
  • Entre as principais causas do problema estão má alimentação, sedentarismo e obesidade
  • A doença causa alterações no organismo que podem prejudicar seu corpo dos pés à cabeça, passando pelo órgão sexual

O diabetes é uma das quatro doenças que mais matam no Brasil e provoca um óbito a cada seis segundos no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Alimentação ruim, sedentarismo e a obesidade estão entre as principais causas do diabetes tipo 2, que é caracterizada pelo grande aumento da taxa de glicose (açúcar) no sangue —devido à resistência à insulina e/ou incapacidade do pâncreas em produzir o hormônio.

Segundo Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, se a glicemia não for controlada (com dieta, exercício e/ou medicamentos), o organismo pode ser prejudicado, literalmente, dos pés à cabeça —passando pelo seu órgão sexual. Confira a seguir alguns problemas que o diabetes pode trazer.

- Problemas sexuais: como o diabetes descontrolado afeta a circulação sanguínea, a disfunção erétil é mais comum em pacientes com a doença, já que o pênis precisa se encher de sangue para ficar ereto. No caso das mulheres, pode haver falta de desejo, dificuldades de lubrificação e para obter o orgasmo.

- Problemas bucais: nossa saliva contém glicose, mas níveis altos da substância podem facilitar o crescimento da placa bacteriana. Boca seca também pode ser um sintoma comum do diabetes, o que contribui para o aumento do risco de cáries, gengivite ou mau hálito.

- Doenças cardiovasculares: a doença pode afetar os vasos sanguíneos, aumentando o risco de infarto e derrames. Por isso, o controle de outros fatores de risco, como hipertensão, obesidade, tabagismo, colesterol e triglicérides precisa ser levado ainda mais a sério por quem sofre de diabetes.

Retinopatia: com o alto nível de glicemia, o funcionamento dos vasos sanguíneos da retina podem ser prejudicados pela sobrecarga nos vasos dos olhos, podendo levar a sangramentos, descolamento de retina e até uma atrofia (fibrose). Em casos mais graves, o paciente pode ficar cego. Segundo Villas Boas, o diabetes é uma das principais causas de cegueira em adultos.

Problema nos rins: eles são responsáveis pela filtragem do sangue para o corpo. Quando existe o excesso de açúcar na corrente sanguínea, há maior dificuldade do organismo em manter o funcionamento de todos os órgãos, especialmente dos rins é pode ocorrer uma nefropatia. Trata-se de uma doença silenciosa e que, quando não é identificada e tratada a tempo, pode se tornar uma insuficiência renal crônica.

Úlcera nos pés ou nas pernas: para quem tem diabetes, qualquer ferida nos pés pode causar complicações. A neuropatia e a má circulação podem afetar a sensibilidade nos membros inferiores e fazer com que o paciente não perceba um machucado, que pode ter origem em rachaduras causadas pelo ressecamento da pele. Tudo isso pode resultar em infecções mais graves, que podem ter como consequência a amputação. Hidratação adequada, uso de sapatos apropriados e avaliação médica de qualquer machucado podem evitar complicações.

Fontes: Maria Edna de Melo, endocrinologista da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica); Maria Fernanda Barca, endocrinologista da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia); consultadas em reportagem publicada em julho de 2018.

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