Qual a melhor opção entre os salgados brasileiros? Compare os principais
Resumo da notícia
- Salgados são comuns no dia a dia do brasileiros, mas ricos em calorias e gorduras e pobres em nutrientes
- Existem opções um pouco melhores, como as esfihas e quibes, mas a recomendação é consumir com moderação
- Veja os prós e contras de cada um e por que o pão de queijo não é uma opção tão confiável
Salgados são muito presentes na rotina do brasileiro, e não só nas festinhas: muitas pessoas vão atrás desses itens quando estão com pressa para almoçar ou jantar, por isso é importante ressaltar que os salgadinhos nunca substituem uma refeição, pois não fornecem a quantidade recomendada de vitaminas, minerais e proteínas para o organismo.
Em um lanche, é preciso consumi-los com moderação, pois de modo geral são bastante calóricos. Mesmo a esfirra e o quibe --considerados as melhores opções pelos especialistas consultados pelo UOL VivaBem -- têm muitas calorias. Veja a seguir os prós e contras de cada salgado e o que levar em conta na hora de escolher:
Esfirra
Por ser vendida assada, pode ser considerada um dos salgados mais saudáveis. Por mais que a massa seja rica em carboidratos e feita normalmente com farinha refinada, a escolha dos recheios também torna o alimento mais saudável. Opte pela de carne ou ricota, e evite as com outros tipos de queijo. Uma esfirra de carne de 100 g apresenta 228 kcal. No entanto, a esfirra frita perde essas propriedades positivas e não é indicada.
Quibe
O quibe assado também pode ser considerado um alimento saudável, desde que na receita seja usada carne de boa procedência e acrescente-se cebola, alho, ervas aromáticas e pouco sal. Mas, infelizmente, a versão mais comum é a frita, processo que adiciona mais calorias e gorduras saturadas ao salgado, perdendo suas propriedades nutricionais. Um quibe frito possui cerca 252 kcal a cada 100 g, com 15,8 gramas de gorduras (sendo 4,58 saturadas) e o assado possui 134 kcal e 2,68 g de gorduras (sendo 0,95 saturadas) na mesma quantidade. Ou seja, fritar adiciona seis vezes mais gorduras e quase duplica as calorias.
Consumir frituras fora de cada traz tem outro perigo: você não sabe as condições em que a fritura está sendo feita. Se o óleo atingir temperaturas muito altas, o alimento pode apresentar acroleína, uma substância cancerígena. E se o óleo vegetal for reutilizado muitas vezes, aumenta as chances de o alimento apresentar gorduras trans.
Pão de batata
É uma forma de pão em que a farinha de batata ou a batata em si substitui uma porção da farinha de trigo normal. O pão de batata é cozido de várias maneiras, pode ser assado em uma frigideira ou panela quente ou em um forno. Cada 100 g apenas do pão apresentam 226 kcal. Mas pode ser mais calórico, dependendo do recheio escolhido. O ideal é escolher as versões com frango, menor quantidade de queijo catupiry e evitar a linguiça calabresa. Deve ser consumido com muita moderação, pois além de serem calóricos, não são ricos em nutrientes.
Empada
A massa da empada é diferente, e leva muito mais óleo do que as massas de outros salgados, o que eleva suas calorias e gorduras, por isso ela deve ser ingerida esporadicamente. Ela é um dos alimentos mais calórico dessa lista: 100 g de uma empada de frango possuem 358 kcal e 15,6 gramas de gorduras.
Croissant e outros folhados
A massa folhada que caracteriza esses salgados leva diversas camadas de gorduras para ficar com o aspecto de folhas. Isso torna o alimento pouco saudável e aumenta suas calorias. Um croissant de 100 g sem recheio possui 406 kcal e 21 gramas de gorduras. Os recheados com queijo, também com 100 g, trazem 414 kcal e 20,9 kcal de gorduras, uma composição semelhante.
Enroladinho de salsicha
Mesmo sendo assado e com massa semelhante à esfirra, esse salgado deve ser consumido com bastante moderação. Isso devido a presença da salsicha, um alimento processado que é rico em gorduras, aditivos químicos e sódio, fatores que podem levar a problemas cardíacos e dores de cabeça. Além disso, muitas possuem compostos químicos que em longo prazo e grande exposição podem causar câncer, de acordo um estudo divulgado no periódico British Medical Journal. Quando analisamos os macronutrientes, ele não se diferencia tanto dos outros itens: 100 g de enroladinho de salsicha possuem 293 kcal e 22 g de gorduras.
Pão de queijo
Mesmo sendo assado, o pão de queijo vendido na rua nem sempre é garantido: muitos dos industrializados ou de padaria podem não possuir queijo --apenas uma essência ou aromatizante-- ou mesmo apresentar quantidades pequenas demais do alimento. Além disso, as quantidades de calorias e gorduras são altas, até mesmo em comparação com alguns salgados fritos: uma porção de 100 g possui 418 kcal e 13,8 g de gorduras respectivamente.
Se possível, evite comprar os congelados, pois há uma grande quantidade de conservantes. E invista em receitas caseiras para acrescentar grãos e tornar o delicioso pão de queijo um alimento mais funcional.
Bolinha de queijo
Por ser frita, a bolinha de queijo entre como item para ser consumido com bastante moderação. Uma porção de 100 g e com queijo gorduroso, ela é considerada um alimento muito calórico, que deve ser consumido com bastante moderação. Uma unidade de 20 g apresenta 53 kcal e quase 4 g de gordura -- 100 g contém 265 kcal e 19,25 g de gordura. Não tem tanta diferença com relação ao croissant, no entanto é preciso saber a procedência dessa fritura, para saber se o óleo usado não estava com uma temperatura alta demais e não foi reutilizado diversas vezes.
Coxinha
O grande problema da coxinha é a fritura, como já explicado no tópico da bolinha de queijo, por isso o ideal é consumi-la bem esporadicamente. Fora isso, uma coxinha tradicional frita de 100 g tem 274 kcal e 11,9 g de gordura. Quando adicionado o catupiry, aumenta mais ainda a quantidade calórica para 295 kcal.
Fontes: Edson Credidio, nutrólogo, pesquisador e doutor em Ciências de Alimentos pela Unicamp e Marcella Garcez, nutróloga, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran); Clarissa Fujiwara, mestre em ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e membro do departamento de Nutrição da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica)
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