Tuberculose pode ser confundida com gripe; saiba como prevenir e tratar

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, principalmente a positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.

A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas com comprometimento imunológico.

Embora tratável e prevenível, o quando ainda é um desafio para a saúde pública. Em 2017, estima-se que 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e que a doença tenha causado 1,3 milhão de óbitos, o que a mantém entre as 10 principais causas de morte no planeta.

Só no Brasil, em 2018, foram registrados 72,8 mil casos novos - o número pode assustar, mas o país já reduziu muito os quadros em comparação a anos anteriores. Quando comparado com os resultados de 1990, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença diminui em 50%.

Apesar de ter avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta para a prevenção, identificar os sintomas, e se necessário, começar o tratamento - quanto antes, melhor.

Quais são os sintomas da tuberculose?

O principal sintoma da tuberculose é a tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:

• febre vespertina
• sudorese noturna
• emagrecimento
• cansaço/fadiga

Alguns pacientes, entretanto, não exibem indícios da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples e que não são percebidos durante alguns meses. A tuberculose pode ser confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante três a quatro meses sem que a pessoa infectada saiba.

Como é feito o diagnóstico?

Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados exames bacteriológicos como baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria e o exame complementar por imagem, a radiografia de tórax.

Transmissão

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele ao falar, espirrar ou tossir pequenas gotículas de saliva (partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos) que podem ser aspiradas por outro indivíduo. Não é necessário se preocupar com a contaminação por meio de acessórios compartilhados.

Prevenção e tratamento da tuberculose

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina BCG, que protege contra as formas mais graves da doença, é obrigatória para menores de 1 ano.

A doença também está a condições sociais. Habitações de baixa qualidade, com muitas pessoas dormindo no mesmo quarto, em casas mal ventiladas e onde não bate sol, oferecem um risco de contágio muito maior.

Para prevenir a transmissão, o ideal é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença.

O tratamento, que é disponibilizado gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde) deve ser feito por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção -- só pode ser considerado finalizado quando o médico confirma que o paciente já não sofre mais do quadro. Geralmente, utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

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