Pessoa "reclamona" e tóxica? Não é pessimismo, ela pode estar com depressão
Resumo da notícia
- Embora não seja o sintoma mais comum, irritabilidade constante também pode ser sinal de depressão
- A doença ainda tem outros sinais como perda de memória, falta de apetite e sensação de indiferença
- A depressão nunca aparece sozinha. Sempre vem acompanhada de tristeza e outros sintomas
Você já conviveu com alguém que murmurava o dia inteiro e era taxada como extremamente grossa? Embora não seja o sintoma mais comum, irritabilidade frequente pode ser um alerta para a depressão. Isso mesmo. Aquela pessoa que dá "patadas" constantemente, vive de mal com a vida e sempre aparece com ar melancólico pode estar sofrendo com a doença.
Para ser diagnosticado com a condição, é necessário que o indivíduo tenha tristeza excessiva e falta de vontade ao fazer as coisas. No entanto, sinais que são mais comuns do que imaginamos e podem passar desapercebidos também podem indicar o problema. Abaixo, explicamos cada um deles:
Irritabilidade
É uma característica que pode estar presente na depressão e em outras doenças psiquiátricas. Tende a se manifestar com maior frequência em homens e adolescentes. Muitas vezes, sem perceber, a pessoa usa mecanismos e falas grosseiras para tratar determinado colega. Além desse sintoma, sente uma tristeza profunda dentro de si.
Falta de energia
O indivíduo sente uma dificuldade enorme em fazer as coisas. Muitas vezes consegue trabalhar, mas o processo é complicado e realizado com tristeza.
Falta ou apetite excessivo
A depressão é uma doença biológica que pode provocar sintomas físicos. Um dos principais é a falta de apetite. A fome desaparece e cada refeição passa desapercebido pela pessoa. O contrário também ocorre. Muitas vezes, a fome excessiva pode ser um dos principais sintomas da condição. A pessoa acorda faminta e acaba comendo sem parar, aumentando o risco de desenvolver quadros de compulsão alimentar.
Isolamento
Falta vontade em sair de casa, fazer coisas simples e todo evento ou convite se torna motivo de recusa. Ficar em casa dormindo e isolado das pessoas --inclusive do seu círculo de amizades mais próximas -- se torna frequente. O quarto ou local em que a pessoa consegue ficar sozinha se torna seu principal refúgio.
Perda de memória
A depressão afeta o cérebro ao ponto de a pessoa não conseguir se concentrar totalmente, prejudicando principalmente a tomada de decisão. Situações simples, como comprar um objeto, podem ser tornar extremamente difíceis.
Sentimento de culpa
A sensação de que fez algo errado sempre está presente e sentimentos ruins do passado começam a aparecer. Em casos extremos, há vontade de se matar e pensamentos constantes associados à morte.
Sensação de indiferença
A pessoa tende a não chorar mais e sente que está "anestesiada" para as situações alegres ou tristes do dia a dia. Em alguns casos, pode até falar que nem chora mais com determinado assunto ou contexto que está inserida.
Fonte: Ana Paula carvalho, psiquiatra e coordenadora da liga de depressão da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
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