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Falta de orientação é sinal de Alzheimer, e game ajuda a saber risco doença

O mau desempenho em jogos de orientação como o Sea Hero Quest pode ser um sinalizador precoce de Alzheimer - Reprodução do jogo Sea Hero Quest
O mau desempenho em jogos de orientação como o Sea Hero Quest pode ser um sinalizador precoce de Alzheimer Imagem: Reprodução do jogo Sea Hero Quest

Do UOL VivaBem

28/04/2019 15h39

Resumo da notícia

  • Já algum tempo cientistas acreditam que a falta de orientação pode ser um sinal de Alzheimer
  • No entanto, os pesquisadores sempre tiverem dificuldade em identificar quando a pessoa é "perdida" por causa da doença ou por aspectos naturais
  • Agora, estudiosos descobriram que os resultados em um jogo de navegação podem indicar precocemente o Alzheimer

Não é de hoje que cientistas apontam que a falta de orientação é um fator que pode sinalizar precocemente o Alzheimer. E uma nova pesquisa mostra publicada no American Journal of Physiology mostra que o Sea Hero Quest, jogo de navegação disponível para celulares e tablets é capaz de ajudar a identificar quando a falta de orientação está associada ou não a um maior risco da doença.

Sim, não só porque alguém não possui o menor senso de direção e encontra caminho um caminho que ela vai ter demência. Inclusive, uma das grandes dificuldades dos pesquisadores para usar a redução na capacidade de orientação no diagnóstico precoce de Alzheimer é saber quando a pessoa é "perdida" por características individuais ou por alterações no cérebro ligadas à doença.

Para tentar solucionar isso, cientistas franceses da Universidade de Nantes (França) e seus colegas britânicos da Universidade College London e da Universidade East Anglia analisaram a capacidade de orientação de homens e mulheres no jogo no Sea Hero Quest (game criado para ajudar em investigações sobre Alzheimer) e também no dia a dia. Com os resultados, que foram publicados no periódico PLoS One, eles descobriram que o desempenho de navegação no mundo virtual e real estão fortemente associados.

Depois, compararam a capacidade de orientação da base de mais 4 milhões de pessoas que jogaram Sea Hero Quest (o que, segundo os cientistas, equivale a mais de 10 mil anos de dados coletados em laboratórios usando métodos tradicionais de experimentação) com a de pessoas que possuem mutações genéticas que aumentam o risco de desenvolver Alzheimer.

Resultado: mesmo antes dos sintomas clínicos aparecerem, as pessoas com maior risco de ter demência já apresentaram mudanças nos hábitos de direção quando comparadas a pessoas da mesma idade, sexo e país de origem.

Assim, os cientistas concluíram que testes cognitivos em grande escala, feitos por meio de um jogo de navegação como o Sea Hero Quest têm potencial para a detecção precoce do Alzheimer, além de ajudar na criação de testes personalizados para diagnosticar a doenças em pessoas que não apresentam sintomas clínicos da demência.

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