Efeito sanfona eleva risco de diabetes; evite o perde e ganha de peso
Resumo da notícia
- O efeito sanfona não só desamina a pessoa de fazer dieta, como também é prejudicial à saúde
- Uma pesquisa com mais de 3 mil pessoas mostra que o perde e ganha de peso aumenta o risco de diabetes e morte por infarto e AVC
- Para emagrecer e não voltar a engordar é importante mudar hábitos alimentares e investir na prática regular de atividade física
Emagrecer não é uma tarefa fácil. E muitas pessoas que conseguem perder peso depois enfrentam outro problema: o efeito sanfona —que basicamente é voltar a ganhar boa parte da gordura que foi eliminada (ou até mais).
O problema é que essa flutuação na balança, além de desmotivar a pessoa a voltar a fazer dieta, é prejudicial à saúde. Uma pesquisa feita durante 16 anos com mais de 3.600 pessoas e publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, por exemplo, mostra que o efeito sanfona aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes e morte por doenças como cardiovasculares, como infarto e AVC, em pessoas obesas ou com excesso de peso.
Como evitar o efeito sanfona?
A seguir mostramos algumas táticas para você conseguir emagrecer e não voltar a engordar, para garantir ainda mais saúde.
1. Não faça dietas da moda
Dietas da moda geralmente são muito restritivas. A pessoa consegue seguir por um curto período de tempo e, quando termina o regime, volta a comer "errado" novamente e recupera todo o peso. Para emagrecer e não engordar, o ideal é você mudar seus hábitos alimentares. Reduzir o consumo de doces, frituras, fast-food e alimentos industrializados do cardápio e investir em mais produtos naturais, como carne, peixe, frango, verduras, legumes e grãos.
2. Siga uma dieta específica para você
As pessoas têm metabolismos e rotinas diferentes e, portanto, um gasto calórico diferente. A dieta que serviu para seu amigo perder peso pode não servir para você. Ela pode ter, por exemplo, um valor energético muito menor do que o ideal, fazendo até com que você perca peso rapidamente. Mas essa grande restrição calórica dificulta seguir o plano por muito tempo e aí você volta a comer errado. O ideal é sempre se consultar com um nutricionista para que ele monte um cardápio adequado a suas necessidades.
3. Evite o uso de medicamentos sem orientação
Os famosos remédios para emagrecimento funcionam e são uma boa ferramenta, desde que com orientação médica. Alguns desses medicamentos aumentam o metabolismo e, se você tomá-los por conta própria e não mudar hábitos, quando parar de tomar essas drogas vai sofre um "efeito rebote". Aí, em vez de o corpo voltar ao normal de imediato, o metabolismo cai para níveis menores, além de aumentar a vontade de comer. Isto promove um ganho de peso muito rapidamente, mesmo a pessoa se alimentando menos do que antes.
4. Invista em atividades físicas
Quando uma pessoa faz dieta, após algum tempo o corpo tende a diminuir o metabolismo e gastar menos energia, para "sobreviver" a esse momento de "crise" alimentar sem perder tanto seu estoque de calorias (gordura). Aí, mesmo de "regime" a pessoa não consegue emagrecer e pode até engordar. A prática regular de exercícios ajuda a evitar isso por proporcionar um bom gasto calórico e ainda aumentar a massa muscular (importante para manter o metabolismo acelerado). Por isso, invista em treinos aeróbicos e musculação para emagrecer com saúde.
5. Identifique gatilhos e evite-os
Algumas vezes, festas, reuniões e certas companhias são um convite para o consumo excessivo de calorias. E, para quem está de dieta, um ou dois dias de exagero alimentar prejudicam não só o emagrecimento, como também pode fazer a dieta desandar de vez e fazer você abandonar o regime. Por isso, é importante perceber quais são esses momentos e fazer uma pré-programação para não cair em tentação, como se alimentar corretamente antes de ir a esses encontros, e ter em mente que depois será necessário ficar dez, quinze dias ou até um mês firme na dieta.
5. Busque ajuda especializada
Além do nutricionista e endocrinologista, é importante salientar a ajuda de um psicólogo, principalmente para quem tem compulsão alimentar. Afinal de contas, grande parte das pessoas que são obesas desconta sua ansiedade e seus problemas na alimentação. Por isso, é importante um tratamento voltado para o psicológico, para a pessoa ser mais calma, evitando estresse e ansiedade. Esse acompanhamento e também práticas de meditação como o mindfulness, são hoje cientificamente comprovadas como benéficas para esse grupo, inclusive com a diminuição do risco cardiovascular e de desenvolver doenças como o diabetes.
Fontes: Guilherme Renke, endocrinologista e cardiologista, membro da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), do American College of Sports Medicine (ACSM) e sócio da Clínica Nutrindo Ideais; Paulo Roberto Correia, fisiologista do exercício e genética do esporte da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
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