Como podemos estar mais presentes na vida de quem gostamos?
Resumo da notícia
- Estar presente é mais do que estar fisicamente perto, e envolve prestar atenção ao que as pessoas dizem e fazem
- Para trazer mais qualidade ao tempo que você passa com quem você ama, experimente evitar distrações e ouvir sem se obrigar a responder
- Ter lembretes para encontrar com pessoas queridas e incluir esses momentos em partes de sua agenda são outras dicas importantes
Com a rotina agitada, é difícil estar junto com as pessoas que gostamos. E muitas vezes os poucos momentos em que podemos estar com elas acabam não sendo totalmente aproveitados, já que dividimos nossa atenção entre uma série de outros estímulos.
Estar presente é muito mais do que estar junto. É se colocar no lugar do outro, saber ouvir sem julgar e compreender quando e o que falar, sorrir, vibrar e chorar junto. É estar consciente do momento. Na psicologia diz-se que é por meio das relações que construímos a nós mesmos: por meio das interações, troca de experiências e ideias.
Para desenvolver essa consciência é necessário prestar atenção no momento presente, o que pode ser alcançado por meio da chamada atenção plena --também conhecida como mindfulness. Um estudo publicado no The Journal of Human Sciences and Extension concluiu que níveis mais altos de atenção plena correspondem a relações mais felizes e satisfatórias.
Quando estamos em estado de atenção plena, as áreas do cérebro associadas ao foco e atenção mudam e assim, é possível perceber quando agimos de forma automática e podemos voltar o foco ao que estamos fazendo ou com quem estamos conversando. Confira algumas dicas para estar mais presente na vida das pessoas que você gosta e tornar essas relações mais felizes e conectadas:
1. Dê atenção a quem está falando com você
Como você se sente quando, ao conversar com uma pessoa, em vez de ela prestar atenção em você, ela ficar olhando no celular, respondendo alguém no WhatsApp ou olhando para qualquer coisa que não seja você? Dê atenção ao que a outra pessoa está dizendo, seja em uma conversa pessoal ou virtual. Prestar atenção no que a pessoa também não diz, assuntos que podem parecer delicados, também são pontos importantes para não invadir espaços indevidos.
2. Evite tornar as conversas automáticas
Nem sempre estamos em um momento adequado ou com tempo para uma conversa com um amigo ou um familiar. Com tantas demandas que temos atualmente e a quantidade de tarefas a realizar, é comum automatizarmos as conversas. Responder de forma padrão, falar de forma aleatória e muitas vezes sem prestar a menor atenção no outro pode criar um distanciamento prejudicial para a relação. Dê ao outro a atenção que você quer receber. Se não puder falar, sinalize e marque uma outra hora para conversarem sem interrupções.
3. Crie rotinas para estar em contato
Crie rotinas como um café da manhã mensal, um clube de leitura ou um happy hour, mande uma mensagem ao se lembrar da pessoa e diga isso a ela, para que ela saiba que é importante para você. Estar presente fisicamente com quem gostamos é importante não só para a saúde mental e afetiva, mas para a física. Quando estamos de maneira presente com quem gostamos, criamos sensações de bem-estar e uma conexão. Ao olharmos, abraçarmos ou beijarmos alguém, reforçaremos esses vínculos.
4. Faça lembretes para se comunicar com quem está distante
Com tantas coisas a fazer, a impressão que dá é que os dias estão cada vez mais curtos e, com isso, também tem sido comum nos distanciarmos de pessoas queridas que não fazem parte da nossa rotina. Crie lembretes para mandar mensagens a alguém que você não fala há algum tempo. Se preferir, ligue, marque um almoço ou um café. Lembretes podem ser ótimas formas de nos ajudar a contatar pessoas queridas.
5. Permita-se ouvir mais e focar no outro
A presença plena e consciente nos relacionamentos exige alguns desafios, sentimentos que precisamos exercitar. Se concentrar no momento presente, sem ficar pensando no que tem de fazer daqui a cinco minutos ou na próxima hora. Ouvir sem logo dar opiniões, sem julgamentos ou interrupções. Já parou para pensar quantas vezes, quando alguém está os dizendo algo, interrompemos para nos colocar na situação? Colocar o foco na outra pessoa em uma conversa nos deixa mais tolerantes e pacientes. Quando nos permitirmos nos colocar no lugar do outro, descobrimos que o outro sempre tem algo a nos ensinar e essa troca é muito benéfica para nós.
6. Pergunte qual a melhor maneira de ajudar
Todos nós passamos por momentos ruins e poder contar com amigos é fundamental. Ao observar que a pessoa não está bem ou está passando por uma situação conturbada, pergunte a ela qual a melhor maneira de ajudar, de fazer algo para que ela se sinta melhor. A pergunta quando bem-feita, com empatia, faz toda a diferença. Você não está se adiantando e sim disposto a dar apenas o que a pessoa precisa. Às vezes ela só quer ser ouvida, sair para dar uma volta ou mesmo de um conselho.
Fontes: David Borges Florsheim, professor e supervisor clínico do curso de Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi; Blenda de Oliveira, psicóloga e psicanalista
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