Anvisa aprova primeira imunoterapia para câncer de mama no Brasil
Resumo da notícia
- Pela primeira vez, a técnica de imunoterapia foi aprovada para tratar cânceres de mama triplo-negativos no Brasil
- O tratamento estimula células defensoras do próprio organismo contra doenças e já é utilizado em vários países para o combate de diferentes cânceres
- Estudo científico que teve médico brasileiro na equipe mostra que a técnica aumenta as chances de vida das pacientes
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a primeira imunoterapia para tratar pacientes com câncer de mama na última segunda-feira, de acordo com publicação no Diário Oficial da União.
A técnica, que já havia mostrado ser efetiva para tratar cânceres de mama agressivos, chega ao país para tratar especificamente cânceres de mama triplo-negativos na fase metastática da doença.
O que é imunoterapia?
A imunoterapia faz uso de anticorpos monoclonais para estimular o sistema imunológico. Em outras palavras, a técnica estimula as células defensoras do próprio organismo contra doenças. Nesse caso, as drogas não visam as células do tumor, e sim as células de defesa do organismo, a fim de que elas detectem e combatam a doença.
A aplicação se dá de forma intravenosa (na veia), fazendo com que as células cancerosas --que têm o "poder" de enganar o mecanismo de defesa do organismo -- sejam percebidas e combatidas.
Os riscos e efeitos colaterais são poucos, e todos resultam da ativação imunológica do corpo. Isso significa que as células de defesa podem atacar partes do próprio organismo, comprometendo órgãos e tecidos. Alguns dos problemas comuns são alterações gastrointestinais, endócrinas e na pele.
Estudo comprova eficácia do tratamento
Um estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine no ano passado, demonstrou que, quando administrada em conjunto com quimioterapia, a técnica pode aumentar a sobrevivência e interromper o crescimento do tumor em pacientes --uma redução de 38% no risco de progressão ou morte e ganho de 10 meses de sobrevida.
De acordo com Carlos Barrios, médico brasileiro que participou da pesquisa, a aprovação é um grande passo para o tratamento no país e deve ser encarada como prioridade. "As pacientes com triplo-negativo avançado ou metastático, estágio no qual a doença já passou para outros órgãos, têm um prognóstico difícil. Este tratamento aprovado pela Anvisa se torna o preferencial na prática clínica", explica o especialista, que é diretor do Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital São Lucas (RS) e do Lacog (Grupo Latino-Americano de Pesquisa em Oncologia Clínica).
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.