Ele perdeu 72 kg andando 12 km por dia e deixou a pressão alta para trás
Raphael Carneiro, 38 anos, chegou a pesar 145 kg e desenvolveu pressão alta, apneia do sono, pré-diabetes e gordura no fígado. Com medo dos riscos à saúde, ele decidiu emagrecer. Começou a caminhar todos os dias e a incluir vegetais em sua alimentação. Em 15 meses, o engenheiro reduziu o peso e reverteu os problemas que tinha. Abaixo, ele conta como conseguiu:
"Eu sempre estive acima do peso, desde criança. Tinha vários apelidos por causa disso, mas eu levava na brincadeira. Como eu me empanturrava de fritura, cachorro-quente, hambúrguer, pizza e refrigerante, os números da balança só aumentaram ao longo do tempo. No fim de 2015, com 34 anos e 1,78 m de altura, eu pesava 145 kg.
Antes de chegar a esse estado de obesidade, tentei vários tipos de dietas, mas nada funcionou. Fiz a dieta dos pontos, jejum intermitente, tudo. Só que nunca praticava atividade física. Quando me chamavam para ir do escritório até o restaurante almoçar, uma distância de 100 metros, eu pegava o carro.
A reviravolta na minha vida só aconteceu porque comecei a ficar com medo do impacto do peso em minha saúde.
Por causa do excesso de gordura corporal, tinha que tomar remédio para controlar a pressão alta, estava com esteatose hepática (gordura no fígado) grau 1, apneia do sono e pré-diabetes
Nessa época, minha primeira filha tinha dois anos e eu mal conseguia brincar com ela. O medo de não estar aqui para cuidar dela no futuro me fez acordar.
Em janeiro de 2016, fui ao cardiologista que me acompanhava por causa da pressão alta e ele me alertou sobre os riscos de meu peso, dizendo que estava me matando aos poucos. Segundo o médico, o ideal era que eu chegasse pelo menos na casa dos 100 kg em um ano, para reduzir a dose do remédio.
Com essa meta de perder 40 kg em mente, decidi mudar. Eu me inscrevi na academia e comecei a andar na esteira todos os dias. No início, só conseguia caminhar cinco minutos, mas mesmo assim não deixava de ir. O importante era adquirir o hábito. Com o tempo consegui intercalar a caminhada com um pouco de corrida e estabelecia metas de quilometragem ou tempo na esteira, até chegar aos 12 km diários que faço hoje.
Minha alimentação também mudou. Antes o meu prato era só arroz, feijão, batata, macarrão e carne ou frango. Então comecei a acrescentar legumes e verduras aos poucos. Óbvio que eu não era fã de nada verde, mas comecei a colocar o pouco do que eu gostava de verduras e legumes no prato e reduzir o arroz. Como determinei que minha comida coubesse em um único prato, tinha que diminuir alguma coisa para caber o verde. Com esse pensamento, comecei a balancear mais a alimentação.
Também diminui os lanches durante a semana, se pegava pesado durante o dia, compensava com uma janta leve à noite.
Não parei de comer nada do que gostava, só aprendi a ter moderação. Antes, chegava a beber dois litros de refrigerante por dia, hoje tomo uma latinha da versão zero, sem açúcar
O combo de caminhada mais alimentação equilibrada funcionou e comecei a queimar mais calorias do que ingeria. Consegui atingir meu objetivo muito antes e em seis meses cheguei aos 100 kg. Após um ano, perdi 60 kg --alcançando os 85 kg.
Ver as mudanças em meu corpo me deixava motivado, por isso não desisti. Ao todo, em 15 meses, perdi 72 kg, praticamente a metade do meu peso corporal. Junto com o emagrecimento, vieram as mudanças em minha saúde. Não preciso mais tomar remédio para a pressão alta, não tenho mais gordura no fígado ou apneia do sono e não estou mais no grupo de risco para desenvolver diabetes tipo 2. Consegui reverter todos os problemas que tinha na época em que era obeso.
Se me perguntarem qual a receita, digo que é a disciplina. Se você tem um propósito, precisa parar de arrumar desculpas e achar soluções. Eu não gostava de comer várias coisas, mas me esforcei para gostar, para comer verduras e legumes. O mesmo foi com a corrida. Vou dormir cedo para acordar às 4h30 da manhã e correr na rua. Quando quer, a gente dá um jeito.
Agora, meu intuito é manter o peso, já que para engordar tudo novamente é mais fácil do que emagrecer. Mas a mudança de vida virou hábito. Meu eu de hoje é esse. Estou me sentindo tão bem que quero manter. Não fiz por estética, mas por saúde. É uma motivação constante.
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