Cientistas descobrem como regenerar células depois de um infarto
Dor no peito, falta de ar, tontura e fraqueza podem ser alguns sinais que você está tendo um infarto. Saber reconhecê-los é essencial para prevenir que ele seja fatal. No entanto, após sobreviver a um ataque cardíaco, o coração pode permanecer com estruturas danificadas.
Cientistas vêm tentando encontrar um jeito com que o órgão se regenere após esse trauma, e um novo estudo indica que o caminho pode ser o uso de material genético.
A pesquisa foi feita por pesquisadores da King's College e publicada na revista Nature. Durante os testes, eles transmitiram uma espécie de "pedaço" de material genético, chamado de microRNA-199 ao coração de porcos vivos que tinham sobrevivido a ataques cardíacos. Isso estimulou o crescimento e a proliferação de células do coração. Assim, os animais conseguiram regenerar o funcionamento de seus órgãos em apenas um mês.
Após o tratamento, os corações dos porcos conseguiam se contrair melhor, ganharam massa muscular e diminuíram suas cicatrizes.
Antes, as tentativas eram feitas com células-tronco e não foram bem-sucedidas. Apesar de ter sido feita com porcos, a pesquisa é importante por ter mostrado bons resultados em animais grandes. Peixes e salamandras, por exemplo, têm essa função regeneradora naturalmente.
Como o estudo foi feito
Por meio de vírus geneticamente modificados, os cientistas inseriram o microRNA-199 no organismo dos porcos
Como resultado, o coração destes animais melhorou na capacidade de se contrair, aumentaram sua massa muscular e as cicatrizes diminuíram
- Isso foi associado a uma maior proliferação das células do coração, os cardiomiócitos
No entanto, a proliferação destas novas células não foi controlada. "Ainda precisamos aprender como administrar o RNA como uma molécula sintética em animais grandes e depois em pacientes, mas já sabemos que isso funciona bem em camundongos", explicou o professor Mauro Giacca ao site da universidade.
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