Paulo Vilhena faz transplante capilar; técnica é diferente de implante
Resumo da notícia
- Depois de muitas tentativas sem sucesso de tratar sua calvície, Paulo Vilhena optou por fazer novamente um transplante capilar
- O procedimento só é indicado quando tratamentos clínicos e medicamentos não fazem mais efeito
- A técnica consiste em retirar a raiz do fio de uma região não rala e colocar na região calva, diferente do implante que coloca fios artificiais
O ator Paulo Vilhena, 40, compartilhou em seu Instagram o transplante capilar que fez no último domingo (02), em São Paulo. O artista disse que há muito tempo procurava tratamentos satisfatórios, porém, todos sem sucesso. "Muita gente sabe que já fiz tentativas anteriores e não tive o resultado satisfatório, mas dessa vez depois de tanto pesquisar, fiz a escolha certa", disse. No final do post ele ainda brincou: "Logo menos de franja".
Infelizmente, a calvície não é um problema único do ator. De acordo com Valcinir Bedin, tricologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, 50% dos homens com idade entre 18 e 50 anos apresentarão a condição ao longo da vida.
Assim como Vilhena, o transplante capilar só é indicado quando diversos tratamentos clínicos falham, medicamentos não fazem mais efeito e autoestima da pessoa está comprometida.
O que é transplante capilar?
O tratamento consiste em retirar a raiz do fio ou folículo capilar de uma região que esteja "boa", ou seja, sem apresentar ausência de fios --que pode ser nuca, tórax e região pubiana da própria pessoa -- e coloca na região calva. No transplante, o médico remove uma tira do couro cabeludo e faz furinhos com uma agulha para colocar novos fios da área doadora para a região receptora --tudo isso com anestesia.
Como a estrutura toda do cabelo é colocada na região calva, os fios conseguem ter densidade e passam a nascer novamente. Os primeiros fios começam a nascer depois de três meses em médio e resultados estéticos satisfatórios ficam mais evidentes a partir do sexto mês. No entanto, o resultado final --com bastante cabelo --aparece depois de um ano e meio. "A técnica é aconselhada para quem quer um resultado duradouro e vitalício", reforça Bedin.
Não confunda com implante capilar
Muitos têm chamado a técnica do ator de implante. No entanto, nele o médico coloca fios artificiais na área sem pelo com uma espécie de agulha de crochê para implantar o fio, diferente do que foi feito em Vilhena. O processo todo também é feito com anestesia local. No entanto, por não ser natural, os fios são expulsos pelo próprio organismo e a pessoa tende a perder 20% do cabelo a cada ano, perdendo todo o implante em até cinco anos. De acordo com Antonio Ruston, cirurgião plástico, especialista em restauração capilar e médico de Vilhena, o implante está desatualizado e também pode causar rejeição e infecção, além do fato de que o cabelo implantado não vai crescer.
Técnicas de transplante
- FUT (Foliculer Unit Transplantation): nesta técnica uma faixa do couro cabeludo é retirada e depois os folículos são separados para serem transplantados um a um na região receptora. A área em que a faixa foi retirada é suturada, deixando uma cicatriz.
- FUE (Foliculer Unit Extretion): em vez de retirar uma faixa completa do couro cabeludo, esse método remove folículos de toda a região doadora de forma espaçada. Posteriormente, os folículos serão transplantados para a região doadora. "Essa técnica é menos invasiva porque não deixa uma cicatriz. Além disso, o médico tem o poder de escolha dos folículos e isso garante a qualidade, diz Ruston.
O que é calvície?
Os fios vão caindo e ficando cada vez mais finos ao longo da vida e pode acometer ambos os sexos, mas é mais comum em homens. Geralmente é provocada por sensibilidade a hormônios masculinos, como a testosterona. Também pode ter causa genética. O tratamento é feito com medicações via oral, bloqueadores hormonais e remédios aplicados diretamente no couro cabeludo.
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