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Sintomas e tratamentos da doença


Projeto mundial foca em cidades para reduzir a mortalidade do câncer

Cancer City Challenge busca apoiar cidades para melhorar seu atendimento ao câncer - iStock
Cancer City Challenge busca apoiar cidades para melhorar seu atendimento ao câncer Imagem: iStock

Giulia Granchi

Do UOL VivaBem, em Chicago (EUA)*

03/06/2019 12h49

Resumo da notícia

  • Com o aumento dos casos de câncer em todo o mundo, há uma preocupação se as grandes cidades estarão preparadas para tratar tantas pessoas
  • O City Cancer Challenge busca apoiar cidades com população superior a 1 milhão e ajudar a acelerar o acesso a serviços contra o câncer de qualidade
  • A iniciativa já está ocorrendo em Porto Alegre, além de cidades como Cali (Colômbia), Assunção (Paraguai) e Khumasi (em Gana)

O câncer é a segunda principal causa de morte em todo o mundo e foi responsável por cerca de 9,6 milhões de mortes só em 2018, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).

E o número de pessoas diagnosticadas com a doença só parece evoluir. Um estudo recente, publicado no The Lancet Oncology, prevê que, entre 2018 e 2040, o número de pacientes que necessitarão de quimioterapia a cada ano aumentará de 9,8 milhões para 15 milhões em todo o mundo.

Mas será que as infraestruturas das cidades estão prontas para receber tantos novos pacientes? Tendo em mente que outro dado da OMS aponta que aproximadamente 70% dessas mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda, com pouca assistência e serviços básicos, a resposta é: dificilmente.

City Cancer Challenge

Pensando nisso, o City Cancer Challenge (Desafio do Câncer na Cidade, em português) foi lançado pelo UICC (sigla em inglês para União Internacional para Controle do Câncer) para apoiar cidades com população superior a 1 milhão e ajudar a acelerar o acesso a serviços contra o câncer de qualidade de acordo com o contexto social e econômico de cada local escolhido.

"Não existe uma fórmula pronta para aplicarmos em todas as cidades. É necessário considerar as características de cada uma, como os índices econômicos e a infraestrutura de saúde", apontou Raul Doria, médico do Sanatorio San Roque, em Assunção (Paraguaí) e membro do projeto, durante apresentação no Congresso ASCO 2019.

A organização não tem fins lucrativos e conta com uma comunidade multi-setorial de organizações dos setores público e privado --desde ministérios da saúde até diferentes áreas da indústria -- encorajando as cidades a tomarem o controle da criação, planejamento e implementação de métodos de conscientização, diagnósticos, tratamentos e rede de apoio para os pacientes.

A meta é dar uma resposta concreta aos compromissos políticos globais, como a meta estabelecida pela ONU (Nações Unidas), que prevê de reduzir a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, como o câncer, em um terço até 2030.

Brasil já faz parte do desafio

A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, lidera o número de mortes por câncer no país e foi a primeira cidade do país desafiada pelo Cancer City Challenge, integrando o conjunto de cidades em 2018.

Desde então, reuniões e diagnósticos com as lacunas nos serviços de saúde e principais necessidades da cidade têm sido apresentados a um Comitê Executivo, com o objetivo de montar um plano de ação concreto até junho deste ano.

Outras cidades com Assunção, Khumasi (em Gana), e Cali (na Colômbia), também fazem parte do projeto. Todas recebem apoio da organização por um período de dois anos, período no qual devem identificar necessidades, buscar soluções, apresentar um plano com estimativa de custo e criar ferramentas para monitorar o progresso da doença e a efetividade das estratégias.

* A repórter viajou a convite da Pfizer

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