Por que o ouvido entope quando entro na água?
Esse problema é mais comum do que parece e pode ser causado por diversos motivos: a começar por uma simples entrada de água no ouvido, que fica "presa" entre a membrana do tímpano e a pele do conduto auditivo. Dessa forma, atrapalha a vibração da membrana e dá a sensação de entupido.
Outra razão é que o líquido pode ser absorvido pelo cerume ou empurrá-lo para o conduto auditivo, obstruindo-o. Além disso, ao mergulharmos, o nariz pode entupir, seja por alergia aos produtos usados na limpeza da piscina, como o cloro, ou pela variação de temperatura corporal, o que consequentemente faz com que o ouvido também fique trancado por conta da ação da tuba auditiva, canal que liga o nariz à orelha.
Todo mundo pode sofrer com o problema ao entrar na piscina, porém, isso é mais comum em crianças e a causa pode estar relacionada ao fato dos pequenos apresentarem um conduto auditivo menor ou mais estreito. E isso também pode acontecer com adultos que tenham o mesmo problema. Pessoas que têm grande produção de cera no ouvido são fortes candidatos à obstrução do canal ao mergulharem em piscinas, lagos ou mares, assim como quem tem algum problema de obstrução nasal, como rinite alérgica.
E para evitar a obstrução do ouvido quando pulamos na piscina, uma ótima tática é o uso dos protetores auriculares aliado a uma boa higiene dos ouvidos, ou então o acessório pode empurrar o cerume e entupir o conduto auditivo de qualquer maneira. Mas se for tarde demais, a dica é investir naqueles pulinhos com a cabeça virada a fim de deixar a água escorrer para fora do ouvido ou pingar algumas gotas de álcool 70% e deixar escorrer. O produto diminui a tensão superficial da água e a ajuda a evaporar mais fácil. Mas só faça isso caso tenha certeza de que o ouvido esteja realmente entupido por conta de água e de que o seu tímpano não esteja perfurado. E se nada disso funcionar, é necessário procurar um otorrinolaringologista o quanto antes. Ele fará o diagnóstico correto para então indicar o melhor tratamento.
Fontes: Hugo Fraga Barbosa Leite, professor de otorrinolaringologia na - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Mohamad Feras Al-lahham, otorrinolaringologista do Hospital Santa Cruz, de Curitiba e Rogério Hamerschmidt, otorrinolaringologista do Hospital IPO, em Curitiba.
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