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Sinais de Alzheimer podem surgir 40 anos antes em quem tem risco familiar

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Imagem: iStock

Do UOL VivaBem

23/06/2019 10h00

Resumo da notícia

  • Em boa parte dos casos, os primeiros sintomas de Alzheimer costumam aparecer após os 65 anos
  • Mas um estudo descobriu que pessoas com histórico familiar da doença apresentam déficit de aprendizado e memória 40 anos antes
  • A descoberta pode ajudar pessoas com risco de demência a adotarem o mais cedo possível medidas para prevenir o problema

A idade é o principal fator de risco para o Alzheimer e, muitas vezes, seus primeiros sintomas começam a aparecer após 65 anos. Porém, pessoas com Alzheimer familiar (que ocorre quando vários parentes possuem a demência) costumam apresentar sinais da doença bem antes, e um estudo realizado pela Universidade do Arizona (EUA) descobriu que a partir dos 25 anos já podem demonstrar déficit de memória.

Publicado no periódico eLife, o trabalho científico analisou respostas de quase 60 mil pessoas com idade entre 18 e 85 anos no MindCrowd, um dos maiores projetos de avaliação de como funcionam os cérebros saudáveis —que qualquer pessoa pode responder online e atualmente já conta com a participação de mais de 115 mil indivíduos de 150 países.

Ao analisar esses dados, os pesquisadores descobriram que pessoas com histórico familiar de Alzheimer e menos de 65 anos, em média, têm um pior desempenho de aprendizado e memória, quando comparados a pessoas da mesma faixa etária sem parentes com demência. Em alguns casos déficit foi notado em indivíduos com 40 anos de vida a menos que o início típico da doença —ou seja, com idade na casa dos 25 anos.

Os resultados do estudo sugerem que o efeito da história familiar na memória é particularmente pronunciado entre os homens, especialmente aqueles com menor escolaridade, diabetes e portadores de uma mudança genética comum no APOE, gene associado ao risco de Alzheimer.

Segundo os cientistas, como a demência ainda não tem cura e não há forma comprovada de retardar a perda de memória progressiva causada pela doença, conseguir identificar o quanto antes que alguém tem possibilidade de desenvolver o problema pode ajudar que ela se concentre em táticas para prevenir o Alzheimer.

Como prevenir o Alzheimer?

Coma de forma saudável Priorize o consumo de vegetais, frutas, sementes e peixes, além de limitar açúcar, carboidratos refinados, gordura saturada e trans. Estudos indicam que a dieta mediterrânea pode ser útil para a prevenção das demências. Alguns nutrientes específicos, como ômega 3, a vitamina E e o resveratrol (presente na uva), já foram associados à redução de risco, mas não há evidências de que tomar suplementos com essas substâncias diminua a possibilidade de ter Alzheimer.

Pratique atividades físicas Além de preservar a saúde como um todo, os exercícios também têm um papel importante para as funções cognitivas.

Tenha hábitos saudáveis Cuide de eventuais doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, depressão e hipercolesterolemia, e vá ao médico regularmente. Durma bem, não fume e evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Cultive o lazer e tenha uma vida social ativa Conversar com os amigos, ter um hobby, fazer cursos e ter uma vida intelectual rica ajuda a garantir uma reserva cognitiva, o que pode adiar os sintomas se a pessoa ficar doente.

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