Topo

Quanto mais gordura você come, maior é a vontade por esses alimentos depois

Comer em excesso pode resultar em alterações neurológicas - FlyMint Agency/iStock
Comer em excesso pode resultar em alterações neurológicas Imagem: FlyMint Agency/iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

28/06/2019 16h54

Um grupo de cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriu que comer em excesso pode resultar em alterações neurológicas que aumentam a vontade de comer, formando uma espécie de ciclo vicioso da obesidade --pelo menos em roedores.

Publicado no periódico Science na quinta-feira (27), o estudo mostra que, se o mesmo acontecer em humano, a ciência está próxima de encontrar um "freio" de apetite. Mas isso não será fácil. Estimular fortemente esses neurônios é aparentemente desagradável. Os camundongos no estudo, por exemplo, evitaram pequenos choques elétricos na área responsável pelo controle de apetite. Assim, a abordagem nos humanos também exigiria um choque delicado nessa área do cérebro.

Como o estudo foi feito

  • Os pesquisadores observaram uma área do cérebro conhecida por regular a alimentação em camundongos.
  • Os resultados mostraram que, se um rato magro tivesse acabado de comer e os cientistas ofereciam a ele uma água açucarada rica em calorias, os neurônios dessa área do cérebro do animal estavam mais ativos em resposta ao açúcar do que se ele tivesse acabado de jejuar. As células pareciam agir como um freio, sinalizando: "Isso é o suficiente".
  • Entretanto, quando esses ratos magros se tornaram obesos devido a uma dieta rica em gordura e açúcar, essas células se tornaram menos vivas. Por 12 semanas após a mudança de dieta, os neurônios responsáveis pelo controle da fome foram cerca de 80% menos ativos em resposta à bebida açucarada.

Veja 5 alimentos que colaboram com a saciedade

Inclua essas alternativas em sua dieta para forrar o estômago com saúde:

1. Chia

Chia - iStock - iStock
Imagem: iStock

A chia faz parte do grupo de alimentos ricos em fibras. Essas substâncias não são digeridas pelo corpo humano, fazendo com que o alimento fique mais tempo no estômago e aumentando o trânsito intestinal. Além disso, a chia forma um gel e se expande quando entra em contato com líquidos. Isso é muito benéfico, pois torna mais lenta a absorção da glicose dos alimentos, o que espanta a fome por mais tempo.

2. Leite e derivados

queijo - iStock - iStock
Imagem: iStock

Por incrível que pareça, um pedaço de 100 g de queijo sacia mais do que 100 g de carne. Isso porque a carne é rica em proteína, enquanto o alimento derivado do leite é fonte de gordura, que demora mais para ser digerida, e fornece mais carboidratos, ou seja, calorias.

3. Carnes magras

Peixe - iStock - iStock
Imagem: iStock

Acima, lembramos que a gordura demora mais para ser digerida e por esse motivo dá mais saciedade do que a proteína. Pensando assim, claro que carnes gordas como um bife também acabarão com sua fome. O problema é que ele também pode fazer mal, já que aumenta os níveis de colesterol e de doenças. Como vivemos em um período em que o nível de pessoas obesas é alto, o ideal é evitar as carnes gordas e investir nas magras, como peixe e frango. Elas não são tão eficazes para matar a fome como um bife ancho, por exemplo, mas fazem o seu papel em deixar o estômago ocupado por bastante tempo.

4. Castanha e amêndoa

Amêndoa - iStock - iStock
Imagem: iStock

Além de estarem no grupo das oleaginosas, vegetais que possuem óleos e gorduras (olha ela aqui), a castanha e a amêndoa também são ricas em triptofano. Esse composto estimula neurotransmissores específicos do cérebro relacionados à saciedade. Se já não bastassem esses motivos para matar a fome, essas duas opções ainda são mais difíceis de mastigar, fazendo com que você envie sinais aos poucos ao cérebro para ele se acalmar, já que o corpo está recebendo comida.

5. Banana

Banana - iStock - iStock
Imagem: iStock

Conhecida por dar energia, devido à grande quantidade de carboidratos, a banana também ajuda a matar a fome por dois motivos: ela também é rica em fibras e em triptofano, o mesmo composto das castanhas e amêndoas.

Fontes: Daniel Magnoni, nutrólogo do HCor (Hospital do Coração); Maria Fernanda Vischi D'Ottavio, nutricionista do Hospital do Coração HCor, consultados em matéria do dia 15/12/18.

SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube