Nova cirurgia restaura movimento da mão e do braço em adultos com paralisia
Uma nova técnica cirúrgica fez com que 13 adultos com tetraplegia conseguissem movimentar as mãos e os cotovelos, sendo capazes de se alimentar, escrever, segurar uma bebida ou escovar os dentes. O método, publicado na quinta-feira (4) no periódico The Lancet, conecta os nervos acima da lesão medular aos nervos paralisados abaixo da lesão.
De acordo com o artigo, dois anos após a cirurgia e com fisioterapia intensiva, os participantes foram capazes de levar o braço na frente deles e abrir a mão para pegar e manipular objetos. Eles ainda conseguiam impulsionar a cadeira de rodas e movê-la para o carro ou a cama.
Como o estudo foi feito
- Os pesquisadores reuniram 16 jovens adultos que haviam sofrido recentemente uma lesão traumática na medula espinhal no pescoço nos últimos 18 meses;
- No total, 59 transferências nervosas foram realizadas nos 16 participantes, com 10 dos casos também recebendo uma transferência de tendão para facilitar o processo;
- Quatro das transferências nervosas falharam em três participantes. No entanto, após 24 meses, 13 pacientes reativaram os movimentos da mão e do cotovelo.
Resultados trazem esperança
A cirurgia de transferência de nervo é discutida há algum tempo. Estudos de caso menores mostraram anteriormente que o método poderia ser um tratamento seguro e adequado para pessoas com paralisia. Mas essa é a primeira vez que os cientistas demonstraram o sucesso de várias cirurgias de transferência de nervo. Por mais que o mais novo experimento ainda seja pequeno, ele oferece esperança para pessoas que vivem com tetraplegia e outras formas de paralisia.
Em um comunicado, Natasha Van Zyl, que liderou a pesquisa, disse que, para pessoas com tetraplegia, a melhoria na função da mão é o objetivo mais importante: "Acreditamos que a cirurgia de transferência de nervo oferece uma opção nova e excitante, oferecendo aos indivíduos com paralisia a possibilidade de recuperar as funções do braço e da mão para realizar tarefas cotidianas, dando-lhes maior independência e capacidade de participar mais facilmente da vida familiar e profissional".
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