Parei de comer glúten por conta própria, posso desenvolver intolerância?
A intolerância ao glúten é uma reação não tóxica do organismo classificada como não-imunomediada (quando não possui ligação com o sistema imunológico). Esse problema se dá quando há alguma alteração na microbiota intestinal do indivíduo, estresse recorrente e/ou predisposição genética. Então, o fato de a pessoa parar de comer glúten não causa o surgimento da intolerância.
Por outro lado, é preciso entender que esses grupos alimentares que contêm a proteína também possuem nutrientes e benefícios ao corpo, por isso, o ideal é conversar com um nutricionista ou endocrinologista antes de pensar em tirar essa proteína do cardápio.
A retirada do glúten deve acontecer a partir do momento em que alguns sintomas possam surgir durante ou após o consumo de alimentos que levam a proteína, como derivados de trigo, centeio, cevada e malte -e aveia, que costuma ser processada com esses itens. Flatulências, cólicas, diarreia, constipação, enxaqueca, problemas de pele, inchaço etc. Tudo isso está relacionado à sensibilidade ou intolerância ao glúten, que é diferente da doença celíaca ou alergia ao trigo.
A doença celíaca, por outro lado, é bem mais grave, pois é autoimune e se manifesta em indivíduos geneticamente predispostos, dependendo de fatores imunológicos. O problema causa gases, barriga estufada, diarreia, ânsia de vômito, perda de peso etc. Essas pessoas não toleram nenhum tipo de alimento com a proteína, diferente de quem possui a sensibilidade ou intolerância.
Fontes: Bruna Mambrini, nutricionista pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), atua na Clínica NutriCilla, em São Paulo, Francisco Tostes, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), especialista em emagrecimento, atividade física e medicina do esporte, e sócio da Nutrindo Ideais, em São Paulo; Maíra Ladeira, nutricionista do Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo; Ricardo Barbuti, gastroenterologista do departamento de gastroenterologia do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e membro da diretoria da comissão de apoio e atenção às federadas da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia).
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