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Sarampo é mais perigoso em adultos?

Condição pode provocar pneumonia e problemas neurológicos em adultos - iStock
Condição pode provocar pneumonia e problemas neurológicos em adultos Imagem: iStock

Priscila Carvalho

Do UOL VivaBem, em São Paulo

22/07/2019 17h04

Apesar de ser conhecido com uma doença infantil, o sarampo também tem afetado adultos. Só em São Paulo, o problema já atinge 47% desse público, incluindo jovens.

E a explicação para o foco da doença ser essa faixa etária está justamente no histórico da condição no país. Indivíduos dos 20 aos 29 anos quando eram bebês receberam uma dose da vacina, já que na época a imunização era feita de uma única vez.

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), alerta que adultos não devem negligenciar a vacinação e a condição, já que as complicações são maiores nesse público. "Não existe uma causa definida, mas, normalmente, os adultos sofrem mais com doenças virais", diz.

Kfouri explica que evolução do sarampo pode levar ao aparecimento de problemas neurológicos como encefalite, que provoca inflamação no sistema nervoso central levando a convulsões e até ao estado de coma. Além disso, o próprio vírus do sarampo baixa a resistência imunológica do indivíduo podendo provocar pneumonia.

E embora o quadro seja pior nos adultos, o especialista alega que adultos morrerem de sarampo ainda é raridade. "O óbito é mais comum nas crianças, sem dúvida", ressalta.

Sintomas da doença

O sarampo é transmitido pelo ar --o vírus fica em suspensão mesmo após a pessoa contaminada ter saído do local. Os sinais mais comuns são:

  • Febre alta
  • Mal-estar, inflamação nos olhos
  • Coriza,
  • Dor de garganta,
  • Falta de apetite
  • Irritação na pele, com o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo.

Quem não pode tomar a vacina?*

De acordo com a SBim, os seguintes grupos não devem ser vacinados:

  • Gestantes;
  • Pessoas imunossuprimidas por doença ou uso de medicação;
  • Crianças e adultos que vivem com HIV/Aids e apresentam imunossupressão;
  • Pessoas com histórico de alergia grave (anafilaxia) após aplicação de dose anterior das vacinas ou a algum de seus componentes;

*Dados utilizados de matéria publicada em 10/07/2019.