Tirei um siso e ficou um buraco: acumular comida ali pode trazer problemas?
Normalmente, não. Esse buraco -chamado tecnicamente de alvéolo --, que é causado pelo espaço vazio que fica no osso após a retirada do dente do siso, será fechado de dentro para fora. Por isso, não existem grandes problemas no alimento ficar parado ali, já que conforme o tecido epitelial vai preenchendo a região, a comida deixa de ficar acumulada no local. Porém, se estiver o buraco juntando muitos alimentos, isso pode causar mau hálito, irritação da gengiva na região do alvéolo e, mais raramente, alguma sensação de dor.
O tempo médio para que o alvéolo se feche é de cerca de 3 meses. Em alguns casos, pode ser que o buraco não fique tampado totalmente e seja necessário colocar um enxerto na região. Mas essa decisão depende da avaliação de um dentista.
Então, para tentar evitar o incômodo do alimento acumulado no buraco do dente do siso, além da escovação normal e do bochecho, uma ótima dica é utilizar uma seringa com soro fisiológico ou água filtrada e enxaguante bucal. Na farmácia, compre uma seringa intramuscular, quebre a ponta da agulha e faça a irrigação diretamente no alvéolo. A ponta da seringa deve ser posicionada na entrada do buraco e o soro deve ser expelido com pressão dentro do espaço. Mas atenção: esse procedimento precisa ser realizado depois da primeira semana da extração do dente, e converse com o dentista antes de realizá-lo.
Além disso, nos primeiros dias, evite ficar passando a língua na região do buraco deixado pela extração. Também não é recomendado o uso de palito de dentes ou cotonetes, já que podem causar alguma fissura na gengiva com possível sangramento. E, claro, siga sempre as orientações do dentista.
Fontes: Alessandro Silva, especialista em cirurgia bucomaxilofacial, diretor executivo do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, em São Paulo e coordenador do serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofaciais do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, Daniel Villela Gorga, Cirurgião bucomaxilofacial do corpo clínico dos hospitais Sírio Libanês, HCor e São Luiz, todos em São Paulo; e Patrícia Verónica Aulestia Viera, dentista no HC/FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.
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