Remédios para osteoporose reduzem risco de mortalidade
De acordo com a IOF (sigla em inglês para Federação Internacional da Osteoporose), calcula-se que a osteoporose cause mais de oito milhões de fraturas anualmente, atingido principalmente --mas não exclusivamente -- mulheres.
Após a primeira fratura, é comum que os médicos receitem remédios para melhorar a saúde dos ossos, como os bisfosfonatos nitrogenados e o etidronato (um bisfosfonato não nitrogenado).
A partir dessa premissa, médicos do Garvan Institute of Medical Research, na Austrália, analisaram como o uso desses medicamentos está ligado a um menor risco de morte desses pacientes.
Os especialistas concluíram que o uso da medicação correta não apenas reduz o risco de novas fraturas como também diminui a taxa de mortalidade pelos 15 anos subsequentes.
A descoberta foi publicada inicialmente em abril deste ano, em um estudo da Osteoporosis International; e em outro estudo publicado este mês no periódico Journal of Bone and Mineral Research.
Como os estudos foram feitos?
- Na primeira análise, os pesquisadores avaliaram as informações de 6.120 mil participantes com 50 anos ou mais que se inscreveram no Canadian Multicentre Osteoporosis Study.
- Essa investigação mostrou que os pacientes que faziam uso do bisfosfonato nitrogenado, especificamente o alendronato e risedronato, tinham 34% menos risco de sofrer uma morte prematura.
- Contudo, quando os pesquisadores olharam para cada bisfosfonato separadamente, notaram que apenas o alendronato oferecia esse efeito protetor.
- No segundo estudo, os médicos utilizaram um grupo de 1.735 mulheres com 50 anos ou mais.
- Dessa vez, eles perceberam que as participantes que ingeriam o bisfosfonato tinham uma taxa de perda óssea menor, assim como um menor risco de sofrer uma morte prematura.
- Os cientistas estimaram ainda que uma menor perda de massa óssea do fêmur, em particular, contribuiu para reduzir a mortalidade em 39% no grupo.
Por que isso é importante?
De acordo com os pesquisadores, é muito comum que pacientes não levem a sério o tratamento e deixem de tomar a medicação.
O problema é que, uma vez fraturados, pacientes idosos têm uma recuperação mais lenta --particularmente em fraturas que envolvem a bacia e o fêmur -- e muitas vezes não recuperam totalmente suas funções, afetando indiretamente sua saúde e qualidade de vida.
Assim, ao conectarem a prevenção de perda de massa óssea a menores taxas de mortalidade, os médicos esperam que os pacientes diagnosticados com osteoporose a tomem seus medicamentos corretamente.
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