Suco de uva com mais resveratrol é desenvolvido na USP
O FoRC (sigla em inglês para Centro de Pesquisa em Alimentos), considerado um CEPID (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) da Fapesp, está trabalhando para desenvolver uma técnica que poderá aumentar em 70% o teor de resveratrol no suco de uva. A substância, presente no vinho, previne doenças coronárias, reduz níveis de colesterol ruim (LDL), tem ação anti-inflamatória e fortalece o sistema muscular.
A pesquisadora Laís Moro, doutoranda em Ciência dos Alimentos na FCF-USP (Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo) e bolsista da Fapesp, desenvolveu uma técnica para estimular a produção de resveratrol naturalmente nas plantas.
"Os resultados preliminares indicam que, com o tratamento, houve um aumento de 70% desse composto no suco, que se manteve mesmo após armazenamento de seis meses", disse.
O estudo foi coordenado por Eduardo Purgatto, pesquisador do FoRC.
Os testes foram realizados no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais com duas variedades de uva, totalizando 240 litros por região, sendo que parte das videiras era tratada e a outra não. Além do resveratrol, os pesquisadores observaram um aumento significativo de outras substâncias, como antocianinas e flavonoides, também aliadas na promoção da saúde.
Segundo Moro, o próximo passo é avaliar se os resultados se reproduzem em um segundo ano de estudo, para comprovar o potencial do tratamento.
O processo de fabricação do vinho, que envolve fermentação, favorece a extração de resveratrol e de outros compostos bioativos da uva, mas nem todos podem consumi-lo. "O novo suco é direcionado a crianças, idosos e pessoas que não podem ou não gostam de consumir vinho. Seria uma alternativa que une o prazer do sabor aos componentes terapêuticos", diz a pesquisadora.
* Com informações da Assessoria de Comunicação do FoRC.
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