Setembro Amarelo: depressão pós-parto pode levar ao suicídio
Tristeza, angústia, ansiedade, excesso de preocupação com o bebê. Todos esses sintomas estão relacionados com a depressão pós-parto que, segundo um estudo feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), atinge 26% das brasileiras. Segundo a estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas), esse número é considerado alto, frente a outros países de baixa renda.
Um outro estudo, publicado no Journal of Affective Disorders, confirmou esses dados preocupantes. No Brasil, em cada quatro mulheres, mais de uma apresenta depressão entre o sexto e oitavo mês após o nascimento do bebê.
Quando a doença é diagnosticada, é fundamental que a mulher procure o mais rápido possível psicólogos ou psiquiatras para direcionar o melhor tratamento. Mas como perceber o problema?
De acordo com especialistas, a condição pode se manifestar logo após o nascimento do bebê ou em até 12 a 18 meses depois.
Entre os fatores que podem desencadear o problema estão quadros pré-existentes de depressão ou outra doença psiquiátrica, perda recente de familiares ou pessoas queridas, perdas gestacionais anteriores, assim com situações inerentes ao puerpério, que incluem privação de sono ou qualquer evento estressante.
Os principais sintomas e sinais são:
- Tristeza;
- Angústia;
- Ansiedade;
- Excesso de preocupação com o bebê;
- Medo fora do normal de que algo aconteça com a criança; Inquietação;
- Desespero;
- Incapacidade de cuidar da criança, de si mesma e de realizar atividades do dia a dia.
A mulher que sofre de depressão pós-parto também pode ter falta de apetite, insônia, dificuldade de conexão afetiva com a criança, o que provoca culpa, e pensamentos de morte e intrusivos, onde a mãe subitamente se imagina fazendo algo ao filho e isso a apavora pelo medo de vir a colocar em prática.
Além de causar grande sofrimento à mulher, esse quadro impacta na vida de toda a família e pode causar danos irreversíveis no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. Por isso, é muito importante procurar ajuda precocemente.
Vale lembrar que o problema também pode atingir o homem, e procurar ajuda de especialistas e pessoas próximas é fundamental para que o problema não leve ao suicídio, pauta da campanha do Setembro Amarelo.
Dados utilizados de matéria publicada no dia 18/08/2018 e 28/04/2019.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.