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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Após nadar em rio, menina contrai ameba comedora de cérebro e morre

O sintomas podem aparecer depois de 24 horas  - Divulgação/ Arquivo pessoal
O sintomas podem aparecer depois de 24 horas Imagem: Divulgação/ Arquivo pessoal

Priscila Carvalho

Do VivaBem, em São Paulo

17/09/2019 18h32

Uma garota americana de 10 anos morreu depois de contrair uma ameba que come o cérebro. Conhecida como Naegleria fowleri ameba, o protozoário entra pelo nariz e chega até o cérebro, levando ao óbito em poucos dias.

Segundo a NBC News, ela estava nadando em um rio quando foi contaminada. Esse tipo de ameba é conhecida por ser de vida livre, não precisa de hospedeiros para sobreviver e vive em lagos, rios, principalmente de águas morna ou quente. Há também o risco de contraí-la em piscinas que não são tratadas de forma correta.

Leonardo Weissmann, médico infectologista da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que a infecção é rara e os primeiros sintomas podem se manifestar em até 24 horas. "Normalmente, os primeiros sinais aparecem em um dia, mas podem demorar ainda cinco dias para se manifestar", diz.

Sintomas parecidos com meningite

De acordo com Weissmann, muitas vezes o problema não é diagnosticado rapidamente por ser pouco comum. Além disso, tende a ser confundido com meningite, devido aos sintomas parecidos. "É um quadro clínico bem semelhante. A pessoa fica com intolerância ao barulho e luz, dor de cabeça, enjoo, hemorragia e inchaço no cérebro", diz.

Ainda de acordo com o especialista, existem poucos casos na literatura médica, o que dificulta precisão no diagnóstico e chances de cura. "Em 95% dos casos as pessoas contaminadas morreram", explica.

Mais da metade dos casos que ocorreram nos EUA aconteceram no Texas e na Flórida, onde os organismos microscópicos crescem na água morna das lagoas. No Brasil, ainda não há registros desse tipo de contaminação.

Dá para prevenir?

Infelizmente, não há métodos eficazes de prevenir a condição. Weissmann ressalta que a maneira mais comum de evitá-la, mas ainda assim sem garantia de prevenção, é não entrar em rios de temperatura quentes ou mornas e preservar o nariz, já que ele é a principal porta de entrada da ameba.