Meu diabetes tipo 2 segue controlado, posso parar de tomar o medicamento?
Não, mesmo com os níveis de glicemia normalizados, o paciente que tem diabetes precisa manter o uso dos remédios. Os medicamentos só podem ser suspensos ou alterados em casos de ajuste de doses ou mudanças do tipo da droga, o que deve ser feito apenas pelo médico.
Parar a medicação por conta própria pode levar ao descontrole da doença, o que, consequentemente, pode causar diversos problemas em curto prazo, como cansaço, micção excessiva, fome, sede e perda de peso. E se, mesmo assim, o diabetes tipo 2 continuar sem os cuidados necessários, diversas outras doenças possuem grandes chances de se desenvolverem, como a retinopatia diabética (complicações nos olhos), doença renal, úlceras e amputações causadas por danos nos nervos periféricos.
O diabetes tipo 2 é a forma mais frequente da doença e atinge cerca de 90% dos casos, de acordo com a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). O problema é caracterizado por uma resistência à ação da insulina, ou seja, o hormônio não consegue agir de forma adequada nos chamados órgãos-alvo, como fígado, tecido adiposo e também nos músculos. E esse quadro de resistência, ao longo do tempo, resulta na diminuição da capacidade das células beta, localizadas no pâncreas e responsáveis por fabricar a insulina.
Caso a pessoa seja diagnosticada com a doença, além de não deixar de tomar regularmente os medicamentos indicados pelo médico, é também de extrema importância praticar exercícios e seguir uma alimentação equilibrada. O diabetes deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar mínima formada pelo médico, enfermeiro, nutricionista e professor de educação física. Esse quarteto é fundamental para que a pessoa possa se beneficiar, de fato, dos ganhos metabólicos e controle da doença.
Fontes: Hermelinda Pedrosa, presidente do Departamento de DiabetesMellitus da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), membro da SBEM e da SEE (Sociedade Europeia de Endocrinologia) e Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
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