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Legumes em conserva: buscar pelos itens com menos sódio é melhor opção

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Imagem: iStock

Thais Szegö

Colaboração para o VivaBem

30/09/2019 04h00

Legumes em conserva parecem uma ótima opção para quem quer incrementar a alimentação com vegetais e na correria do dia a dia não tem tempo para comprar e preparar alimentos frescos. Realmente, esse tipo de produto pode cumprir o papel, mas o ideal é que só entre em cena de vez em quando no cardápio, pois pode ter redução na quantidade de nutrientes e muito sódio.

Portanto, é importante ficar de olho nos detalhes a seguir na hora da compra para fazer com que os legumes em conserva sejam mais bem-vindos no prato.

Em relação ao tipo de alimento que está dentro da embalagem, não há muitas diferenças
Seja milho, ervilha, seleta, palmito... Eles costumam reagir da mesma forma aos processos de conserva.

Nem sempre esse tipo de produto é um mau negócio
Foi o que mostrou um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado no periódico The Journal of the Science of Food and Agriculture. De acordo com os autores, os alimentos em conserva de fato perdem nutrientes por causa do aquecimento a que muito são submetidos ou para a água na qual ficam estocados, mas os frescos também têm uma redução desses tipos de elementos por causa do contato com o ar e durante o seu cozimento.

Prefira as versões com menos sódio
O sal é utilizado na conservação do produto, mas o ideal é optar pelas versões que tem menor quantidade desse elemento. Para isso, vale comparar as tabelas nutricionais. Existem, inclusive, alguns com redução desse nutriente, o que vem escrito na embalagem, que são os mais indicadas para o consumo.

Não guarde os restos dentro da lata
Se o produto não foi totalmente consumido, o ideal é retirá-lo da embalagem original, escorrer o líquido e colocá-lo em um pote de vidro tampado. O metal pode oxidar e estragar o alimento. Também é importante consumi-lo rapidamente, pois, uma vez que entrou em contato com o ar, estraga bem rápido.

Cheque a lista de ingredientes
O ideal é que ela tenha uma quantidade reduzida de itens. Quanto mais ela se resumir a componentes naturais, como o alimento, água e sal, melhor.

Analise a embalagem com cuidado
Em geral, todas as que permitidas pela legislação vigente e, por isso vendidas nos supermercados, são seguras para armazenar os alimentos, sejam plásticas, de vidro ou papel folhado. Mas é muito importante que elas não tenham nenhuma ranhura, amassado, sujeira, rasgos, ferrugem ou estufamento, o que pode indicar a formação de gases provenientes da degradação do vegetal.

Confira como está o alimento
Se for possível vê-lo através da embalagem, confira se ele está com aspecto normal, sem alteração de cor ou de viscosidade. Os invólucros opacos ou laminados não permitem essa verificação, mas eles são melhores porque protegem o legume da incidência da luz.

Prefira as embalagens a vácuo
Isso porque, há uma redução no contato com o oxigênio, que pode prejudicar a integridade do alimento.

Informação nutricional

Milho em conserva

  • Porção 1 xícara de chá (130 gramas)
  • Valor energético: 86 kcal
  • Carboidratos: 14 g
  • Proteínas: 4,5 g
  • Gorduras totais: 1,3 g
  • Gorduras saturadas: 0 g
  • Sódio: 317 mg
  • Fibras: 2,6 g

Ervilha em conserva

  • Porção 1 xícara de chá (130 gramas)
  • Valor energético: 107 kcal
  • Carboidratos: 16 g
  • Proteínas: 8,6 g
  • Gorduras totais: 0,9 g
  • Gorduras saturadas: 0 g
  • Sódio: 355 mg
  • Fibras: 3,5 g

Grão-de-bico em conserva

  • Porção 1 xícara de chá (130 gramas)
  • Valor energético: 121 kcal
  • Carboidratos: 4,5 g
  • Proteínas: 7,4 g
  • Gorduras totais: 8 g
  • Gorduras saturadas: 0 g
  • Sódio: 500 mg
  • Fibras: 2 g

Palmito em conserva

  • Porção 1 xícara de chá (130 gramas)
  • Valor energético: 30 kcal
  • Carboidratos: 5 g
  • Proteínas: 3,5 g
  • Gorduras totais: 0 g
  • Gorduras saturadas: 0 g
  • Sódio: 550 mg
  • Fibras: 1,5 g

Fontes: Clarissa Hiwatashi Fujiwara, coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e Karina Cordeiro, nutricionista com especialidade em gestão de alimentos seguros, doutoranda no programa de pós-graduação de nutrição em saúde pública em componentes bioativos na Universidade de São Paulo.

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