Câncer de pulmão: novo tratamento é mais efetivo do que quimioterapia

Um estudo* apresentado durante o Congresso da Sociedade Europeia de Medicina Oncológica, que aconteceu no fim de semana, em Barcelona, na Espanha, mostrou uma descoberta importante para o tratamento de câncer de pulmão avançado.

A pesquisa indica que a imunoterapia com nivolumabe e ipilinumabe proporciona uma taxa de sobrevida de 7% em um período de dois anos em comparação com quimioterapia para esse tipo de câncer.

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A imunoterapia é um tipo de tratamento biológico que usa o próprio sistema imunológico do indivíduo para combater os tumores.Já na quimioterapia, um medicamento é usado para destruir as células doentes.

"O passo importante agora é desenvolver um algoritmo para selecionar o melhor tratamento de linha de frente para cada paciente. Precisamos esperar um pouco mais para ver qual tratamento realmente dá origem a uma melhor sobrevida a longo prazo", afirmou Solange Peters, ums das autoras do estudo.

Como o estudo foi feito

A pesquisa envolveu cecar de 1500 voluntários no estágio IV da doença. A nova terapia é indicada para pacientes com câncer de pulmão avançado que não tenham mutação ou alteração EGFR, uma proteína encontrada na superfície das células promovendo crescimento e divisão celular.

Em pacientes com esse tipo de câncer, esse tipo de célula pode ter essa substância em excesso e fazer com que elas se desenvolvam rapidamente.

Câncer de pulmão em números*

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para 2018 mais de 31 mil novos casos, sendo 18.740 homens e 12.530 mulheres. O tabagismo é a principal causa da doença: o hábito está envolvido em 90% de todos os casos.

Esse é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens e o quarto em mulheres no país, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, o mais prevalente para ambos os sexos.

Estão no grupo de maior risco indivíduos de 55 a 74 anos. Assim como em outros países, é o tumor maligno que causa mais mortes no Brasil, já que, infelizmente, costuma ser diagnosticado em estágios mais avançados. Apesar de se tratar de uma doença grave e letal, muitos avanços foram conquistados nos últimos anos para aumentar a sobrevida dos pacientes, bem como melhorar sua qualidade de vida.

Sintomas

As manifestações quase sempre aparecem quando a doença já alcançou estágios mais avançados, o que dificulta muito o tratamento. As principais são:

• Tosse (nos fumantes, o ritmo habitual é alterado e aparecem crises em horários incomuns);
• Presença de sangue no escarro;
• Dores no tórax (pioram ao tossir ou ao respirar fundo);
• Falta de ar;
• Rouquidão;
• Pneumonias ou bronquites de repetição;
• Perda de apetite ou de peso inexplicável;
• Fadiga ou cansaço.