Praias do NE com petróleo: entrar no mar pode gerar queimaduras e irritação
Resumo da notícia
- Desde o início do mês, as praias do nordeste estão contaminadas com petróleo e 61 municípios já foram atingidos pelo composto
- A exposição a esse tipo de substância pode provocar problemas graves de pele como dermatite e até queimaduras
- Se o banhista ingerir muita água contaminada, problemas gastrointestinais também podem aparecer
- Caso não ocorra contaminação dos sistemas digestório e respiratório, o recomendado é que a pessoa retire a substância do corpo com água e sabão
Desde o início de setembro, as manchas de petróleo invadem os mares do nordeste. De acordo com o Ibama, mais de 130 locais em 61 municípios de nove estados já foram atingidos pela substância.
O contato com o petróleo e seus derivados pode provocar diversos problemas de saúde que vão desde alergias até infecção pulmonar —caso grande quantidade do óleo entre no organismo pelas vias áreas. De acordo com Caio Lamunier, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Hospital das Clínicas de São Paulo, o petróleo puro tem diversos componentes que são nocivos à pele.
O especialista ressalta que quanto maior o tempo de exposição à substância, pior será o quadro cutâneo. Por ser denso, o petróleo impregna na pele provocando quadros de irritação, dermatites e até queimaduras. "Pode ocorrer queimaduras de terceiro grau, caso a contato ocorra por muito tempo", ressalta Lamunier.
Além dos problemas dermatológicos, a exposição da água com solventes e substâncias do petróleo pode causar problemas gastrointestinais. Porém, a quantidade ingerida deve ser muito grande. "Os casos mais recorrentes são irritações na pele e nas mucosas. Para ter algum tipo de problema no estômago, o banhista terá que ingerir muitos litros", explica Alvaro Pulchinelli Júnior, toxicologista da Unifesp. Os sintomas mais comuns desse tipo de contaminação, segundo Júnior, são diarreia, dores abdominais e vômito.
Idosos são mais prejudicados
Os efeitos do contato do petróleo variam muito da pele de cada indivíduo. No entanto, idosos e crianças tendem a sofrer mais com a contaminação. Isso porque, a camada da pele é mais fina e absorve de forma rápida as substâncias. Já em adultos, que possuem uma pele mais rígida e grossa, a aderência é mais difícil.
O que fazer após a contaminação?
O jeito mais fácil de retirar as substâncias do corpo é lavá-lo com água e sabão. Os especialistas ressaltam ainda que o ideal é evitar o consumo de frutos do mar, já que esses filtram a água do mar e, mesmo sendo cozidos em altas temperaturas, podem oferecer algum risco de contaminação.
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