Sandy teve suspeita de infecção por rotavírus, que é perigosa para crianças
O penúltimo show da dupla Sandy e Junior, que aconteceu no último dia 12, em São Paulo, correu o risco de não acontecer. No mesmo dia, o cantor Junior Lima declarou no Instagram que a irmã, Sandy, estava passando mal com suspeita de infecção por rotavírus.
Mesmo debilitada, no entanto, a cantora conseguiu realizar a performance para uma plateia com mais de 45 mil fãs. "Não foi fácil. Em alguns momentos eu achei que tivesse que sair do palco", disse a cantora, em seu Instagram, depois do show.
O rotavírus ataca o sistema gastrointestinal e que causa principalmente diarreia, vômitos, febre e mal-estar. É um dos principais causadores de diarreia em crianças e adolescentes no mundo todo.
Embora relativamente simples, a doença costuma ser negligenciada e, por isso, sua evolução pode ser perigosa especialmente para os pequenos. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) estimam que o vírus seja responsável por cerca de 215 mil mortes de crianças com menos de cinco anos anualmente, particularmente em países em desenvolvimento.
A principal responsável pela letalidade é a desidratação causada pela diarreia. "A perda de líquidos provoca alterações renais e hepáticas que podem levar à morte", afirma Werciley Júnior, infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia, de Brasília. Segundo ele, crianças são mais vulneráveis pois a perda de líquido costuma evoluir rapidamente, agravando o quadro em pouco tempo.
Prevenção
O rotavírus é considerado altamente contagioso, mas pode ser evitado. Uma importante maneira de prevenção é administração da vacina para rotavírus humano em crianças menores de seis meses.
O esquema de vacinação é de duas doses dadas via oral, sendo a primeira aos dois meses e a segunda, aos quatro meses. Entre as doses, é recomendado que seja feito um intervalo mínimo de 30 dias.
A vacina, no entanto, é contraindicada em casos específicos, como imunodeficiência, uso de imunossupressores ou remédios quimioterápicos, má-formação congênita ou hipersensibilidade a qualquer componente da vacina, entre outros. Em caso de dúvida, é importante buscar orientação médica.
O Ministério da Saúde ainda recomenda as seguintes medidas de prevenção:
- Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais.
- Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos.
- Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados).
- Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação.
- Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados.
- Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada. Quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado.
- Usar sempre a privada, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água.
- Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando o desmame precoce.
Vírus é de alto contágio
De acordo com Eliane Tiemi Iokote, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, embora seja mais comum em crianças, o rotavírus também pode acometer adultos. "Mesmo quem foi vacinado pode contrair a doença, que acaba se manifestando de forma mais branda e permitindo uma recuperação mais rápida", afirma.
A principal forma de contágio é pelo contato, principalmente por mãos ou objetos infectados com o vírus, que se acumula nas fezes durante o ciclo da doença. Há ainda a possibilidade de contágio por meio de brinquedos, alimentos e água contaminada.
Tratamento é paliativo
Uma vez no corpo, o rotavírus leva cerca de dois dias para causar sintomas. Mas ele é considerado autolimitado, ou seja, tende a cumprir um ciclo de vida e, ao final dele, os sintomas da doença costumam desaparecer. Em média, esse ciclo costuma durar até sete dias.
Nesse período, o principal tratamento é de suporte, ajudando o corpo a repor os líquidos e minerais perdidos com a diarreia, prevenindo a desidratação. Na maioria das vezes, a ingestão de soro via oral já é suficiente mas, de acordo com Iokote, em casos mais agudos, em que o paciente também apresenta vômitos, é necessário que o soro seja aplicado na veia.
Também é possível que o médicos prescreva medicamentos para cólicas e náuseas, aliviando esses sintomas no paciente.
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