Há algumas semanas minhas fezes saem menos consistentes. Isso é problema?
Não é normal. Se a característica das fezes mudou por mais de dois a quatro dias é porque algo pode estar acontecendo. E entre os principais fatores estão: dieta diferente —com ingestão de mais fibras ou gorduras —, uso de medicamentos ou consumo de algum alimento que não fez bem. Por isso, é necessário que seja investigado por um gastroenterologista.
Mas é importante ressaltar que ter fezes menos consistentes é diferente de uma diarreia. Quando ocorre a evacuação em um curto período e de forma líquida, a atenção deve ficar ainda mais redobrada. Afinal de contas, pode ser sinal de algo ainda mais grave, como doenças inflamatórias intestinais e síndrome do intestino irritável. E além de incômoda, essa situação pode levar à desidratação.
Fezes consideradas saudáveis são aquelas que têm a consistência mais pastosa e coloração amarronzada, com odor e aspecto habituais, oriundas de evacuação sem esforço e indolor, sem sangue, muco (substância semelhante a catarro) ou pus. Porém, existem diferenças no hábito intestinal entre as pessoas. Algumas evacuam mais frequentemente do que outras. E um mesmo indivíduo pode apresentar modificações transitórias do seu hábito intestinal sem que isso represente doença.
Para tentar sempre ter as fezes consistentes, o ideal é manter um estilo de vida saudável, com alimentação rica em fibras, ingestão adequada de água, exercícios físicos periódicos e evitar tabagismo, o consumo de alimentos gordurosos, de carnes vermelhas em excesso e alimentos industrializados. Portanto, é necessário sempre observar como anda o trânsito intestinal. Se sentir dificuldade e esforço para evacuar, cólicas abdominais associadas às evacuações, presença de muco, sangue ou pus nas fezes, mudança súbita do hábito do intestino ou emagrecimento, não hesite em buscar ajuda médica.
Fontes: Décio Chinzon, gastroenterologista do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) e presidente eleito da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), Diego Yuji Ito, gastroenterologista do Hospital Leforte, em São Paulo, Eduardo Grecco, professor de cirurgia geral e do aparelho digestivo e coordenador do serviço e da residência médica de endoscopia da Faculdade de Medicina do ABC e endoscopista bariátrico do Instituto EndoVitta, em São Paulo e Silvio Oliveira, responsável pelo serviço de gastrenterologia e endoscopia digestiva do Hospital Caxias D'Or, no Rio de Janeiro.
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