Chia, salmão, sal rosa: confira alternativas baratas para alimentos da moda
Resumo da notícia
- Muitos itens ganham fama como mais saudáveis, mas geralmente são mais caros e difíceis de encontrar
- Segundo os nutricionistas, é totalmente possível substituir chia, linhaça, goji berry e outros por ingredientes regionais e mais acessíveis
- Em alguns casos, como o do sal rosa e açúcar de coco, nem há tantos benefícios para justificar o investimento
Com o boom recente no interesse sobre alimentação saudável um nicho de mercado cresceu: o dos alimentos mais nutritivos, mais magros e mais caros. Alguns deles de fato trazem boas doses de substâncias benéficas para a saúde, mas elas também estão presentes em alimentos mais familiares e acessíveis.
Veja a lista que preparamos com a ajuda de especialistas e economize sem abrir mão da saúde.
Chia e linhaça
As duas sementes são boas fontes de ômega-3 e de fibras, isso é verdade. Mas há fornecedores mais baratos desses nutrientes. Se a necessidade for colocar mais fibras no cardápio, a aveia tem praticamente a mesma aplicação culinária das duas e o mesmo efeito na redução do colesterol e na saciedade. Já as gorduras boas podem vir do atum ou da sardinha - que abordaremos de novo mais adiante.
Os pães integrais que contêm esses grãos chamam a atenção nas prateleiras, mas vale ficar esperto, pois nem sempre eles serão mais saudáveis. Como não há legislação sobre o uso do termo integral, a única maneira de saber se o produto de fato tem mais fibras e não leva farinha branca é olhando no rótulo. Se quiser investir nessas sementes, dá para procurar locais que comercializam à granel, o que barateia o preço.
Goji berry
Assim como outras frutas vermelhas, ela contém níveis altos de vitaminas e antioxidantes. Mas, em um país privilegiado por sua variedade de frutas, os especialistas indicam apostar nas espécies cultivadas por aqui, que também são fontes de substâncias benéficas: jabuticaba, uva, morango e açaí, para citar alguns exemplos. Mesmo as frutas secas mais baratas, como as uvas e bananas passas, contêm nutrientes e matam aquela vontade de comer um docinho.
Salmão
O peixe de águas geladas rico em ômega-3 que caiu no gosto dos brasileiros tem um substituto barato perfeito: a sardinha, que carrega boa quantidade da mesma gordura. Além da versão enlatada, você pode encontrá-la fresca nos supermercados, com sabor mais suave.
O atum em lata é outra opção econômica que carrega o nutriente. Prefira as versões em água ou retire o óleo antes do consumo. O tambaqui, típico do Norte do país, também tem ômega-3.
Nozes e castanhas
A família das oleaginosas de fato faz muito bem à saúde, graças a seu teor de gorduras poli-insaturadas, vitaminas e minerais com ação anti-inflamatória, que podem prevenir doenças cardiovasculares. Elas podem pesar no bolso, mas há um integrante do grupo que é abundante no país e barato: o amendoim.
O melhor é optar pela versão in natura e salgar em casa, conforme sua preferência. Ou seja, essa matéria não é desculpa para incorporar o amendoim japonês ou o ovinho no cardápio diário, certo? Estes produtos costumam ser feitos com gordura saturada que, em excesso, pode ser prejudicial ao coração.
Manteiga ghee
A versão indiana da manteiga ganhou fama por suas propriedades terapêuticas, mas não há estudos conclusivos sobre os benefícios promovidos por ela. Vale lembrar que o produto é fonte importante de gordura saturada. Usar a boa e velha manteiga dá praticamente na mesma em termos nutricionais - ela cabe sim na dieta, desde que seu uso não ultrapasse 7% das calorias diárias. Uma opção mais barata ainda é fazer a manteiga em casa, a partir do creme de leite fresco. Basta bater na batedeira até atingir o ponto de manteiga.
Açúcar de coco
Se a ideia é usar um produto não refinado, você pode usar o mascavo ou demerara, mas os especialistas são unânimes em dizer: açúcar é açúcar. Ou seja, não importa se é orgânico, demerara, de coco ou outra planta, todos podem fazer parte de uma alimentação equilibrada, mas devem ser utilizados com moderação e na menor quantidade possível.
Sal rosa
Este ganhou fama, mas, além de ter o mesmo teor de sódio do sal de cozinha, praticamente não traz benefícios para o organismo. Seus níveis de vitaminas e minerais são pequenos, especialmente se pensarmos na quantidade de sal que devemos consumir ao dia. Por outro lado, ele não é enriquecido com iodo como o sal tradicional, nutriente importante para manter a saúde da tireoide e prevenir doenças.
A recomendação para o consumo de sal, não importa o tipo, é de 5 gramas ao dia. Para ajudar no controle, ao invés de investir nestes tipos mais caros, que tal caprichar em temperos naturais como o sal de ervas? Comece batendo no liquidificador duas medidas de sal para uma de ervas secas e desidratadas. De tempos em tempos, aumente a quantidade de temperos e diminua a de sal. Financeiramente não muda tanto, mas, para a saúde, a diferença é significativa.
Fontes: Fabiana Poltronieri, nutricionista, conselheira da atual gestão do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS, doutora em ciência dos alimentos pela USP (Universidade de São Paulo) e Nayara Fabra, nutricionista especializada em saúde pública pela USP.
Podcasts do UOL
Ouça o podcast Maratona, em que especialistas e corredores falam sobre corrida. Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas de áudio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.