Giselle Itié: "Não quero parto humanizado, só o normal". Tem diferença?
Grávida de cinco meses, a atriz Giselle Itié postou um convite a uma transmissão ao vivo sobre ginecologia e parto que acontecerá hoje, em seu Instagram. No texto compartilhado na rede social, de autoria da doula Cecilia Franco, a mexicana naturalizada brasileira defende a ideia de que o parto humanizado nada mais é do que um parto respeitoso.
De acordo com o post, a humanização significa "que a assistência obstétrica respeita o protagonismo da mulher, suas escolhas informadas, com base nas evidências científicas atualizadas, preservando a dignidade e integridade física e emocional do binômio mãe e bebê".
Em outras palavras, a prática é assegurar que a mãe não sofra violência obstétrica ou passe por práticas consideradas invasivas ou indesejáveis de acordo com a opção de cada mãe, como a episiotomia de rotina, soro para acelerar o parto e posições desconfortáveis.
Mas diferentemente do que muitos imaginam ao ouvir o termo, o parto humanizado não é necessariamente aquele feito em banheira, com acompanhamento de doula, ou mesmo fora do hospital. "Gosto do termo 'parto respeitoso' porque indica o que precisamos fazer: simplesmente dar assistência à mulher que vai parir. O objetivo é garantir a privacidade dela e respeitar suas vontades para que se sinta acolhida, bem-vinda e confortável", aponta Alberto Guimarães, mestre em ginecologia e obstetrícia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
E o parto humanizado — ou respeitoso, como indica a atriz e o médico — pode ocorrer tanto no procedimento normal quanto na cesária. "Uma cesária não pode ser sinônimo de arrancar o bebê da mãe. Também é possível ter o contato pele a pele após o parto, colocá-lo para mamar na primeira hora... Medidas que contribuem para o acolhimento e conexão entre os dois", indica o médico.
Parto domiciliar ou no hospital?
Assim como a companhia da doula ou o período na banheira são escolhas da mulher independente do local onde esteja, dar à luz em ambiente hospitalar ou domicilar também pode ser opção da mulher, mas é necessário conhecer os riscos.
"Quando há casa está equipada com tudo que é necessário para a segurança da mãe e do bebê, é possível ter experiências de sucesso. Mas nem sempre esse é o caso. Se há complicações como uma hemorragia na mulher ou um prolapso do cordão umbilical (quando ele sai antes que a criança), é difícil resolver fora do hospital", explica Guimarães.
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