Sono permite que células façam manutenção no cérebro, aponta estudo
Você já sabe que o sono é extremamente importante para ter energia para as tarefas do dia a dia, certo?
Agora, um novo estudo realizado em camundongos e publicado no periódico Nature Neuroscience sugere que as horas de descanso também servem para que células imunológicas especializadas mantenham o cérebro em boas condições de funcionamento.
Como o estudo foi feito
- Os pesquisadores trabalharam com ratos para descobrir mais sobre como a microglia, a célula imune que responde a qualquer sinal de infecção ou dano no cérebro e realiza trabalho de manutenção durante o sono.
- Os pesquisadores observaram ratos que estavam acordados e que dormiam, e descobriram que a microglia parecia menos ativa e eficiente fora do momento do sono.
- Isso permitiu que os pesquisadores se aproximassem da norepinefrina, um mensageiro químico que desempenha um papel de excitação no sistema nervoso central e ajuda a regular os ciclos de sono e vigília. Durante o sono, os níveis de noradrenalina no cérebro são baixos.
- Quando os níveis de noradrenalina aumentam, o cérebro fica subitamente alerta e o indivíduo acorda.
- No estudo, os pesquisadores observaram que a noradrenalina atua nos neurônios e no receptor adrenérgico beta2, presente na microglia. Quando os níveis de noradrenalina aumentam, as micróglias aparentemente caem no estado de sono.
- Isso significava que, durante os estados de excitação e vigília, as células imunológicas não podiam responder adequadamente e realizar manutenção nas conexões das células cerebrais.
Resultados
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, os resultados sugerem que o aprimoramento da remodelação dos circuitos neurais e o reparo de lesões durante o sono podem ser mediados em parte pela capacidade da microglia de interagir dinamicamente com o cérebro.
"Em geral, esta pesquisa também mostra que as micróglias são extremamente sensíveis a sinais que modulam a função cerebral e que as dinâmicas e funções microgliais são moduladas pelo estado comportamental do animal", explicou Rianne Stowell, principal autora, ao site Medical News.
Apesar dos bons resultados, ainda é necessário que a pesquisa evolua para que a relação possa ser comprovada também no cérebro humano.
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