Liminha desabafa sobre paralisia de Bell: "Estou lutando pela minha vida"
Resumo da notícia
- Liminha passou mal durante uma gravação em 2018 e foi diagnosticado com paralisia de Bell
- A doença é causada pelo enfraquecimento ou pela paralisia dos músculos em um lado da face e é causado pela inflamação do sétimo nervo craniano facial
- Os principais sintomas são desvio da boca, alterações no paladar, dificuldade para fechar os olhos, alteração de lacrimejamento e da audição
- A doença, que é comumente confundida com princípio de AVC, é periférica e temporária
- A maioria dos casos melhora sem tratamento específico, mas corticoides e fisioterapia podem ser utilizados para acelerar a recuperação
Diagnosticado há um ano com paralisia de Bell, o assistente de palco do SBT Liminha desabafou sobre como é conviver com a doença em entrevista à revista Quem. "Estou lutando pela minha vida. Sou grato a minha mulher, Fernanda Fiuza, que parou a vida dela para cuidar da minha", disse. Os dois estão juntos há 10 anos e se casaram em julho.
Em outubro do ano passado, Liminha foi internado com suspeita de AVC (acidente vascular cerebral) após passar mal durante as gravações do "Programa Silvio Santos". À época, a esposa Fernanda Fiuza disse ao UOL que o marido teve que ouvir "piadinhas" e apelidos e não conseguia sorrir como antigamente. "É uma rotina bastante desgastante, são vários profissionais envolvidos para reverter a sequela da paralisia facial", revelou.
A paralisia de Bell é o enfraquecimento repentino ou a paralisia dos músculos em um lado da face provocado pela inflamação do sétimo nervo craniano facial. De acordo com o Manual MSD, esse nervo é responsável por mover os músculos do rosto, estimular a salivação e as glândulas lacrimais, além de ter relação com a percepção de gostos e com a audição.
Embora confundida com um princípio de AVC, os dois quadros têm causas diferentes. Enquanto o AVC costuma comprometer apenas a parte inferior da face, a paralisia de Bell é temporária e periférica, acometendo todo o lado do rosto e afeta, além da boca, também os olhos. Os principais sintomas são desvio da boca, alterações no paladar, dificuldade para fechar os olhos, alteração de lacrimejamento e da audição. Os pacientes também podem ter dor na região do ouvido.
No entanto, é preciso que um médico examine o paciente de forma detalhada para ter certeza do quadro.
Causas vão de vírus a diabetes
A paralisia de Bell pode ser desencadeada por doenças imunológicas e infecciosas, como sífilis e HIV. Quadros de diabetes e hipertensão também podem provocar a doença.
Na maioria das vezes, no entanto, quando a paralisia não tem origem clara, os neurologistas presumem que ela seja de origem viral e inflamatória. "Os vírus mais frequentes associados são os da família do herpes, como o tipo 1 e o menos comum, o Zóster", explica José Luiz Pedroso, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein e professor afiliado do departamento de Neurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)*.
Pedroso explica que a maioria dos casos melhora sem tratamento específico, mas corticoides podem ser utilizados para acelerar a recuperação. "Entre 70% e 80% dos casos melhoram sem tratamento, mas como o processo inflamatório pode durar de quatro a seis semanas, ingerir esses medicamentos por cerca de 14 dias otimiza a recuperação", explica o especialista.
Há ainda a possibilidade de complementar o tratamento medicamentoso com sessões de fisioterapia facial. "Os pacientes podem demorar de dois a três meses para se recuperar completamente. Mas há pessoas que podem demorar nove meses", diz Aurélio Dutra, assessor médico em neurologia do Fleury Medicina e Saúde.
De acordo com Dutra, 95% dos casos de paralisia não têm sequelas, mas cerca de 5% podem deixar algum déficit significativo. "A pessoa pode não recuperar a movimentação da face, ficar com algum desvio, não conseguir fechar o olho e não movimentar a boca de forma simétrica. A musculatura facial é muito importante para várias tarefas, como sugar um canudo para beber água, por exemplo. Se você está com ela de forma assimétrica, não consegue", fala.
Na entrevista à revista Quem, Liminha contou que faz acompanhamento rigoroso para reduzir as sequelas. "Faço fisioterapia e também laser no rosto", contou. "Tenho muita gratidão à vida. Tudo depende de paciência, esperança e da família", declarou.
*Fontes entrevistadas em matéria de Thamires Andrade do dia 28/07/17.
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