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A forma como você aprende molda a sua memória, aponta estudo

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

31/10/2019 16h44

A capacidade de aprender é sem dúvida uma das mais importantes: ela ajuda os seres humanos a criarem conexões e se adaptarem a novas situações todos os dias. Um novo estudo publicado na Nature Communications sugere que diferentes mecanismos de aprendizado influenciam outra função importantíssima: o cérebro armazena memórias.

Em termos gerais, existem duas maneiras de aprender que os humanos usam para adquirir novas informações a longo prazo.

Um é por associação ou por experiência - quando aprendemos coisas novas por estarmos em situações ou ambientes inéditos. O outro é a aprendizagem por reforço, quando nos propusemos a aprender novas informações, como durante um curso para aprender a tocar um instrumento.

Como o estudo foi feito

  • Os cientistas recrutaram 27 participantes entre 19 e 35 anos e usaram informações de 26 deles para análise.
  • Os participantes concordaram em participar de exames de ressonância magnética enquanto realizavam tarefas de aprendizado que ofereciam uma recompensa.
  • Durante as ressonâncias magnéticas, os pesquisadores analisaram as mudanças ocorridas nas regiões cerebrais associadas ao aprendizado.
  • Após a observação, os pesquisadores descobriram que diferentes modos de aprendizado -- incidentais ou orientados a objetivos -- ativavam diferentes vias neurais no cérebro dos participantes.

Resultados

Segundo entrevista de Miriam Klein-Flügge, principal autora do estudo, ao site Medical News, a pesquisa mostra que temos várias redes no cérebro que nos ajudam a armazenar conhecimento ou conexões que aprendemos, o que significa que os danos a uma parte do cérebro ainda deixam mecanismos alternativos disponíveis para o aprendizado.

Os cientistas também explicam que os resultados indicam que o cérebro pode armazenar informações aprendidas por meio de reforço por um longo tempo, enquanto outros tipos de informações permanecem mais disponíveis para atualizações.

"Também aprendemos que parte desse conhecimento é muito persistente, e o cérebro não a esquece mesmo quando se torna irrelevante, enquanto o conhecimento adquirido através de um mecanismo de aprendizado alternativo é mais flexível e pode ser mais facilmente alterado para novos conhecimentos", afirmou a autora ao site.

Se o objetivo é esquecer informações, a equipe apontou que as informações adquiridas acidentalmente por meio de associações são mais fáceis de descartar do que as informações adquiridas por meio da aprendizagem orientada a objetivos.

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