Cabelo de Isis Valverde caiu no pós-parto; por que isso acontece?
Resumo da notícia
- Atriz Isis Valverde revelou que sofreu com a queda de cabelo excessiva durante o pós-parto
- O quadro é chamado de eflúvio telógeno e pode ser desencadeado por fatores hormonais e também emocionais (como estresse)
- A queda dos hormônios da gestação associado ao estresse de cuidar de um recém-nascido (como comer mal e dormir pouco) podem agravar o quadro
- Vitaminas de uso oral e aplicação de laser e luz LED podem ajudar a fazer novos fios crescerem no lugar dos que caíram
A atriz Isis Valverde revelou ao Universa que sofreu com a queda de cabelo no pós-parto. Ela é mãe de Rael, hoje com um ano. "Fiquei praticamente careca, toda a parte da frente caiu. Caiu em tufos", relembrou. Segundo ela, o problema foi causado pela mistura de queda hormonal e o estresse normal e esperado nos cuidados de qualquer recém-nascido. "Meu cabelo não aguentou."
Isis não está sozinha nessa. A queda de cabelo nessa fase é chamada de eflúvio telógeno. A doença pode ser desencadeada por inúmeros fatores, geralmente considerados traumáticos para o organismo. Cirurgias, emagrecimento rápido, perda de sangue, uso de medicamentos específicos, estresse emocional e até alterações da tireoide podem provocar a doença, além, é claro, do pós-parto.
"A baixa dos hormônios produzidos durante a gestação tende a causar não apenas a queda de cabelo como também alterações nas unhas, na pele e também nas mucosas", diz Maurício Abrão, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Mas vale lembrar que, durante a gestão, são esses mesmos hormônios que acabam provocando um efeito benéfico para essas partes do corpo. "O organismo está em um grande esforço para armazenar energia para o crescimento do bebê", explica a Bruna Pitaluga, ginecologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. "Uma das consequências indiretas é que o cabelo cresce forte e bonito, e as unhas e pele também podem ser beneficiados", diz.
De acordo com a dermatologista e tricologista Damaris Ortolan, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os hormônios da gestação são responsáveis por prolongar a fase anágena —nome dado à fase de crescimento do cabelo — durante gravidez. Ou seja, o fio que deveria cair após cumprir seu "ciclo de vida" continua na cabeça por mais tempo que o normal.
"Eu costumo dizer que o cabelo que cai após o parto estava fazendo hora extra", diz a especialista. "Os fios que caem, na verdade, já deveriam ter ido embora antes, e entram nessa fase de queda ao mesmo tempo por conta da alteração dos hormônios."
Ela lembra que o quadro é natural e que novos fios tendem a crescer no lugar dos que caíram. "O eflúvio é diferente de uma alopecia, doença em que os fios caem e não nascem mais, ou mesmo da calvíce feminina", diz a especialista.
Queda é esperada, mas quando devo procurar ajuda?
A queda de cabelo no pós-parto costuma acontecer três meses antes do fator desencadeante — no caso, o nascimento do bebê. Esse é o período que o organismo leva para "avisar" ao bulbo capilar que ele precisa seguir para a fase de involução. Uma vez que comece a cair, os fios seguem se desprendendo por mais três meses.
Para se ter uma ideia, o normal é que uma pessoa saudável perca, por dia, até 100 fios. Já no eflúvio, essa queda pode chegar a 300 fios diariamente. Vale lembrar que nem toda mulher vai apresentar uma queda muito acentuada. "Isso varia de acordo com cada organismo", diz Abrão.
Nesse momento, é esperado que o cabelo fique com uma aparência enfraquecida, ralo e que o couro cabeludo fique mais visível no espelho (mas não exposto). Mas quando a queda passa a ser intensa, com tufos saindo com frequência e falhas muito intensas na cabeça, é hora de buscar ajuda médica.
Isso é comum quando o eflúvio é provocado por mais de um fator. "Um parto difícil, com muita perda de sangue, ou até mesmo o estresse de não comer direito e não dormir para cuidar do bebê podem piorar a queda nessa fase", diz Ortolan.
Ela lembra, no entanto, que a queda não pode ser interrompida. Os tratamentos, então, são feitos para estimular o início da fase de crescimento do cabelo. Nesse caso, é possível acelerar o processo de crescimento utilizando vitaminas específicas por via oral.
Outra opção é utilizar aparelhos de laser (como fez Isis) e luz LED no couro cabeludo. "Isso vai melhorar a circulação e oxigenação do bulbo capilar, estimulando o crescimento dos fios novos", diz a dermatologista.
Mesmo sendo um quadro normal e esperado, o mais importante é que a mulher observe se a queda afeta seu bem-estar e sua autoestima e, em caso positivo, procure ajuda. "Nem todas sentem de forma intensa, mas é preciso investigar e buscar soluções caso esse problema incomode demais", afirma Bruna Pitaluga.
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