Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Cientistas criam neurônios que podem reparar danos causados pelo Alzheimer

Por meio de um chip de silício, as células eletrônicas imitam as respostas dos neurônios biológicos - Reprodução/Universidade de Bath
Por meio de um chip de silício, as células eletrônicas imitam as respostas dos neurônios biológicos Imagem: Reprodução/Universidade de Bath

De Viva Bem, em São Paulo

06/12/2019 14h01

Cientistas criaram neurônios artificiais que podem ser implantados no cérebro para reparar danos causados pelo Alzheimer ou outras doenças degenerativas, é o que revela um estudo publicado esta semana na revista Nature Communications.

Por meio de um chip de silício, as células eletrônicas imitam as respostas dos neurônios biológicos quando acionadas pelo sistema nervoso. O estudo foi desenvolvido na Universidade de Bath, no Reino Unido.

Os pesquisadores obtiveram sucesso em reproduzir as respostas dos neurônios do hipocampo e respiratórios em ratos quando estes são estimulados. O estudo ainda não foi feito em humanos. O chip, que é menor que a ponta de um dedo, pode ajudar no tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e insuficiência cardíaca.

Os neurônios são células especializadas que transmitem impulsos nervosos, permitindo que partes do corpo se comuniquem, e são os principais componentes do cérebro, medula espinhal e sistema nervoso. Eles também estão presentes ao redor do coração - por isso danos neles podem causar insuficiência cardíaca.

"Até agora, os neurônios eram como caixas pretas, mas conseguimos abrir a caixa preta e espiar por dentro", disse O professor Alain Nogaret, um dos autores do estudo, em coletiva. "Nosso trabalho está mudando paradigma porque fornece um método robusto para reproduzir as propriedades elétricas de neurônios reais em mínimos detalhes".

"Criamos modelos físicos do hardware e demonstramos sua capacidade de imitar com êxito o comportamento de neurônios vivos reais. Nossa terceira inovação é a versatilidade do nosso modelo, que permite a inclusão de diferentes tipos e funções de uma variedade de neurônios mamíferos complexos".