Cantora do Roxette morre com câncer no cérebro; doença tem vários tipos
Resumo da notícia
- A cantora Marie Fredrikssom morreu nesta terça-feira (10) devido a um câncer no cérebro
- Não foi divulgado o tipo de tumor que a cantora teve. Existem mais de 100 tipos, sendo que os mais comuns são o meningioma e glioma
- O tratamento depende muito de cada caso e da gravidade da doença. Normalmente, pode ser feito com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia
- Não existe ainda como prevenir a condição. Há chances de cura quando o problema é diagnosticado de forma precoce
A cantora do grupo Roxette, Marie Fredrikssom, 61 anos, morreu nesta terça-feira, 10, em decorrência de um câncer no cérebro. Ela lutava contra o problema havia 17 anos. Esse tipo de câncer é mais comum em crianças e considerado raro em adultos.
Em 2002, a artista desmaiou no banheiro de sua casa após se sentir mal durante uma corrida com o marido. Depois de descobrir a doença, ela começou a fazer tratamento e precisou se afastar dos palcos. A vocalista voltou a fazer shows em 2009 e depois de alguns anos se aposentou para cuidar da saúde.
Não foi divulgado o tipo de tumor cerebral que a artista teve. Existem mais de 100 tipos de câncer no cérebro, sendo que um dos mais comuns é o meningioma, um tipo de tumor primário que costuma ser mais frequente em mulheres de 30 a 50 anos.
"Ele é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Tem a ver muito com a questão hormonal, já que possui um receptor na célula para progesterona e estrógeno. Vemos a incidência maior do problema, principalmente após a menopausa", afirma Carlo Almeida Júnior, coordenador do departamento de neurocirurgia do Hospital de Amor. Quando é descoberto de forma precoce, há chances de cura por meio de cirurgias.
Outro tipo de tumor cerebral muito comum é o glioma. Normalmente, atinge pessoas de 30 a 60 anos. Ele pode não crescer por até sete anos e depois começar a se desenvolver de forma rápida, levando ao óbito.
Sequelas do problema
Depois de alguns anos de tratamento, a artista começou a ter sequelas da doença. Fredrikssom perdeu parte da visão de um olho, ficou com pouca mobilidade e sem capacidade de ler e escrever.
Embora o tratamento seja bem agressivo, os efeitos colaterais podem não ter relação com a terapia feita durante a doença. "No cérebro, o tumor não se espalha para o resto do corpo, e sim, para outras partes do cérebro. O mais provável é que tenha atingido uma parte neurológica que resultou nessas limitações. Não há como saber se foi causado pela doença ou tratamento", ressalta o oncologista.
Tratamento agressivo
A terapia depende muito de cada caso e da gravidade da doença. Geralmente, quando o paciente é diagnosticado com meningioma, ele é submetido à cirurgia para eliminação do tumor. Já no glioma, exige um tratamento com quimioterapia e radioterapia e, dependendo da resposta ao tratamento, os médicos podem utilizar outros tipos de medicação.
Não tem como prevenir
Ao contrário de outros tipos de tumores, não há como desenvolver uma estratégia de prevenção. Os médicos ressaltam que há chances de cura quando o problema é diagnosticado de forma precoce ou quando não apresenta estadiamento agressivo.
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