Bolsonaro investiga se mancha na orelha é câncer de pele; como identificar?
Resumo da notícia
- O presidente Jair Bolsonaro passou por procedimentos dermatológicos para identificar um possível câncer de pele
- Normalmente o tipo de tumor que mais aparece nessa região é o carcinoma basocelular, que é o mais prevalente dos cânceres de pele
- Lesões cancerosas na pele podem ser confundidas com pintas, manchas ou machucados, por isso é muito importante procurar um dermatologista
- Normalmente, os médicos costumam identificar o problema por meio de um exame físico ou análise do histórico do paciente
Jair Bolsonaro passou por exames nessa quarta-feira (11) para identificar um possível câncer de pele. O presidente revelou estar investigando a doença após ser questionado por jornalistas sobre um curativo que tinha na orelha, depois de passar por um exame no Hospital da Força Área Brasileira.
"Tem um possível câncer de pele. Tenho pele clara, pesquei muito na minha vida, fiz muita atividade. Então, a possibilidade existe", afirmou Bolsonaro, dando a entender que pode estar com a doenças por ter se exposto muito ao sol ao longo da vida.
Normalmente, o tipo de tumor que mais aparece na região da orelha é o carcinoma basocelular, que também é o mais prevalente dos cânceres de pele. Ele surge nas células basais, que ficam na parte mais profunda da epiderme e é mais comum em regiões expostas ao sol, como rosto, orelha, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
De fato, pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade têm maior risco de desenvolver a doença.
Como identificar a doença
Muitas lesões cancerosas na pele podem ser confundidas com pintas, manchas ou machucados, por isso é muito importante procurar um dermatologista toda vez que você perceber alguma alteração na pele, como:
- Manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram;
- Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
- Feridas que não cicatrizam em 4 semanas;
- Mudança na textura da pele ou dor.
Regra do ABCDE
Para facilitar a identificação de lesões suspeitas, os dermatologistas criaram uma metodologia baseada nas letras do alfabeto:
- A de assimetria: quanto mais assimétrica for uma mancha ou pinta, maior o risco de ser um câncer;
- B de bordas: bordas irregulares também são sinais de perigo;
- C de cor: pintas com mais de uma cor e com tons pretos podem ser melanoma;
- D de diâmetro: lesões com mais de 5 milímetros merecem mais atenção;
- E de evolução: mudanças na cor, tamanho ou forma de uma lesão ou pinta devem ser investigadas.
Como é o diagnóstico do câncer de pele
Com o exame físico realizado com ajuda do dermatoscópio (aparelho com luz que aumenta a imagem) e análise do histórico do paciente, o dermatologista pode solicitar a remoção de uma amostra da lesão ou pinta ou sua remoção completa para biópsia, ou seja, análise de um patologista. Isso pode ser feito com bisturi, lâmina ou cilindro cortante, com anestesia e, muitas vezes, no próprio consultório médico.
Apesar de não dar muitas informações sobre o procedimento que realizou, aparentemente, Bolsonaro fez a remoção da mancha para uma biópsia. "Tiraram [o sinal], me cutucaram, furaram. Eu dormi. Eu estava tão cansado que deitei na maca e dormi", afirmou.
Após a análise do tumor, outros exames podem ser solicitados para verificar se o câncer já se espalhou para os linfonodos ou gerou metástase, alcançando outro órgão ou tecido. Com todos os dados em mãos, o médico faz o estadiamento do câncer: é utilizada uma combinação de letras (T de tumor, N de nódulos e M de metástase) e números que podem ir de 0 a 4, sendo que o último refere-se ao câncer avançado. O tratamento varia de acordo com cada estádio.
Pacientes com melanoma costumam ser submetidos a testes genéticos para determinar mutações específicas (por exemplo: BRAF, cKIT, NRAS, CDKN2A e CDK4), que ajudam na escolha dos tratamentos mais indicados para cada caso.
*Com informações de matéria publicada em 18/09/2018.
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