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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Estudo consegue rastrear extensão de lesões ligadas ao Alzheimer no cérebro

Placas de beta-amiloide acumuladas no cérebro - iStock
Placas de beta-amiloide acumuladas no cérebro Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

02/01/2020 18h35

Cientistas usam técnicas de imagem para rastrear extensão de lesões relacionadas ao Alzheimer no cérebro, em pesquisa inédita publicada no periódico Science na quarta-feira (1).

Em pessoas saudáveis, a tau é importante para apoiar a estrutura interna das células cerebrais. Mas em indivíduos que têm Alzheimer, ocorrem alterações químicas que fazem com que a proteína forme emaranhados que são associados a uma perda dessas células.

Descobrir o local onde essas lesões, chamadas de emaranhados da proteína tau, se desenvolvem no corpo é fundamental para testar tratamentos que evitam o crescimento de tau e até de beta-amiloide, também ligada a esse tipo de demência.

Renaud La Joie, um dos autores da pesquisa, disse ao jornal The Guardian que os resultados sugerem que a técnica de imagem pode ser valiosa tanto na escolha de quais pacientes devem testar esses medicamentos quanto no monitoramento do funcionamento desses remédios.

Como o estudo foi feito

  • Os cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) usaram uma técnica de imagem chamada PET para estudar o cérebro de 32 pessoas. Os participantes tinham entre 49 e 83 anos e estavam nos estágios iniciais de alguns sintomas do Alzheimer.
  • Nessa técnica, eles injetam nos pacientes substâncias que se ligam a placas de beta-amiloide ou a emaranhados de tau.
  • Eles usaram a técnica no início do estudo, assim como uma ressonância magnética. Esta última foi repetida 15 meses depois, para rastrear a atrofia cerebral.
  • Os resultados revelaram que o nível e a localização dos emaranhados mostrados pela PET no início estavam intimamente ligados ao encolhimento da substância cinzenta no cérebro.

Como prevenir o Alzheimer?

Coma de forma saudável Priorize o consumo de vegetais, frutas, sementes e peixes, além de limitar açúcar, carboidratos refinados, gordura saturada e trans. Estudos indicam que a dieta mediterrânea pode ser útil para a prevenção das demências. Alguns nutrientes específicos, como ômega 3, a vitamina E e o resveratrol (presente na uva), já foram associados à redução de risco, mas não há evidências de que tomar suplementos com essas substâncias diminua a possibilidade de ter Alzheimer.

Pratique atividades físicas Além de preservar a saúde como um todo, os exercícios também têm um papel importante para as funções cognitivas.

Tenha hábitos saudáveis Cuide de eventuais doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, depressão e hipercolesterolemia, e vá ao médico regularmente. Durma bem, não fume e evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Cultive o lazer e tenha uma vida social ativa Conversar com os amigos, ter um hobby, fazer cursos e ter uma vida intelectual rica ajuda a garantir uma reserva cognitiva, o que pode adiar os sintomas se a pessoa ficar doente.

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