Klara Castanho tem reação alérgica a remédio; como saber qual é seguro?

A atriz Klara Castanho compartilhou com fãs as imagens de uma reação alérgica causada por um remédio contra dor de garganta. Em seu Instagram, Castanho que tomou um anti-inflamatório três vezes durante dois dias e acordou com a metade do rosto inchado.

"Mostrei para a minha mãe e achei que não era nada demais. Pensei ser reação de algum produto que eu passei na pele. Fui ao médico. Tive uma grande reação alérgica, meu corpo inteiro", explicou.

Em seguida, fez o alerta para que seus seguidores consultem profissionais de saúde antes de tomarem medicações: "Não costumo fazer isso, mas eu estava fora de casa, minha garganta começou a doer muito. Tomem muito cuidado", afirmou.

No entanto, a automedicação em um caso como este não é o problema. De acordo com Marcelo Vívolo Aun, Coordenador do Departamento Científico de Alergia a Medicamentos da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), nem mesmo um médico poderia saber que a atriz é alérgica antes da primeira crise. "Não sabemos exatamente o motivo, mas é comum vermos pessoas que tomam o mesmo medicamento há muito tempo e, de uma hora para outra, aparecem sintomas", explica.

Reação pode ser alergia ou hipersensibilidade

O especialista aponta que nem todas as pessoas que apresentam sintomas necessariamente são alérgicas.

"O quadro pode ser causado por uma alergia a um ou mais componentes específicos presentes na droga, o que fará com que todas as outras que contenham a mesma substância ou substâncias da mesma família causem a reação. Outra possibilidade é ser desencadeado por uma hipersensibilidade ao mecanismo de ação do remédio, o que também fará que o episódio se repita com medicamentos parecidos", indica Aun.

Então, como saber se sou alérgico e qual remédio é seguro?

Infelizmente, não é possível saber antes do primeiro episódio. Após ter a reação, a pessoa deve procurar um médico alergista para realizar análises. "Os testes podem ser cutâneos, aplicando o medicamento diluído na pele, ou de provocação (também chamados de desencadeamento), fazendo com que o paciente teste determinados remédios em ambiente adequado para entender seu quadro individualmente", esclarece.

Após a crise, cuidado deve ser redobrado

É comum que pessoas próximas ofereçam anti-inflamatórios quando ouvem queixas de enxaqueca ou dor nas costas, por exemplo. Mas antes de aceitar o remédio que funciona para o seu colega de trabalho, é importante que você saiba exatamente quais medicamentos causam a reação.

"Uma vez que o quadro de alergia ou hipersensibilidade é descoberto, o ideal é procurar um médico de confiança que poderá passar uma lista com os nomes dos remédios a evitar, facilitando a vida do paciente", explica Rodrigo Lima, médico de família e comunidade e diretor de Exercício Profissional da SBMFC (A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade).

O mesmo vale para quem costuma compartilhar uma caixinha de medicamentos com outros membros da família. A dica dos especialistas é resistir a ingestão de uma droga que possa causar os sintomas mesmo se for a opção mais conveniente no momento, já que nem sempre a reação acontece na mesma intensidade.

"Além disso, é importante que o paciente que guarda remédios em casa atente-se para deixá-los em local fresco, fora do alcance de crianças e cheque sempre a validade", recomenda Lima.

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