Ozzy Osbourne diz que tem Parkinson; saiba mais sobre doença degenerativa
Ozzy Osbourne, 71, revelou que foi diagnosticado com Parkinson, durante uma entrevista hoje ao programa Good Morning America. "Tem sido terrivelmente desafiador para todos nós", disse o ex-vocalista do Black Sabbath.
"Existem vários tipos diferentes de Parkinson. Não é uma sentença de morte, como imaginam, mas isso afeta certos nervos do seu corpo. É como se você tivesse um dia bom, outro dia bom e então um dia realmente ruim", afirmou Sharon Osbourne, esposa do cantor. Segundo ela, Ozzy tem o tipo PRKN2.
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas da doença de Alzheimer. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tenha a doença. Somente no Brasil, acredita-se que cerca de 250 mil pessoas sofram com o problema.
Ozzy está na janela em que ocorre a maior incidência: homens com mais de 60 anos. Mas a doença pode aparecer bem antes disso, entre 10 e 15 anos antes de os sintomas se evidenciarem. Muitas vezes pacientes perdem o olfato e também o paladar, muitos anos antes do diagnóstico.
Sintomas vão além do tremor
O sinal mais conhecido da doença são os tremores involuntários, mas o quadro não se restringe a eles. Segundo Dante Senra, colunista de VivaBem e doutor em Emergências Clínicas pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), também é comum a rigidez muscular, que dificulta os movimentos e produz uma inclinação do tronco e da cabeça para frente, comprometendo o equilíbrio.
Com o tempo, caminhar se torna um desafio, já que os braços rígidos não acompanham o movimento, e as quedas se tornam frequentes. Alterações do sono, e intestino mais preguiçoso também costumam ser queixas frequentes, assim como perda de expressão no rosto, dificuldade para deglutir (com engasgos frequentes) e depressão.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é essencialmente clínico, com análises do histórico do paciente. Senra explica que não existem exames laboratoriais que possam ajudar na detecção da doença. Entretanto, dois exames sofisticados, que são o doppler transcraniano (ultrassom) e a cintilografia cerebral (com Trodat), podem auxiliar na tarefa de diagnosticar a doença precocemente.
O tratamento
Quanto mais cedo for o diagnóstico e o tratamento, mais o paciente consegue manter a autonomia e a qualidade de vida. Existem inúmeras medicações para a doença de Parkinson e são usadas isoladamente ou em composição. De acordo com o médico, elas costumam ser eficazes por muitos anos produzindo regressão dos sintomas e estagnação da doença. "Mas com o passar dos anos ajustes de drogas e associações com outros medicamentos são, na maioria das vezes, necessários", diz Senra.
Além disso, tratamentos adjuvantes com fisioterapia e fonoaudiologia são muito recomendados. Enquanto a fisioterapia melhora força, equilíbrio e flexibilidade muscular, abrandando a rigidez característica da doença, a fono é fundamental nos casos de engasgo, prevenindo as pneumonias por aspiração.
Para os casos em que a medicação não tem resposta, pode ser considerada uma cirurgia. Os médicos implantam eletrodos cerebrais que se parecem com um marca-passo cardíaco. Eles enviam estimulação elétrica a determinadas áreas do cérebro que controlam os movimentos, interrompendo os sinais nervosos responsáveis pelos sintomas do Parkinson. Senra, porém, diz que a cirurgia não é a cura da doença, mas tem conseguido retroceder alguns anos nos sintomas e na resposta à medicação.
Segundo ele, o futuro parece promissor. Cientistas estão desenvolvendo uma espécie de vacina para frear a evolução da doença e uma dopamina em forma inalatória (acredita-se que a falta ou diminuição dessa substância causa o Parkinson). Há ainda estudos em nível experimental sobre o tratamento com células-tronco.
"Com tudo isso, controlar a doença tem sido uma tarefa muito mais bem-sucedida do que há 15 anos. Continuando neste ritmo, logo poderemos discordar do ator Paulo José quando descreve a doença de Parkinson dizendo: 'É uma doença degenerativa, progressiva e irreversível. Mas a vida não é diferente'", diz Senra.
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