Bolsonaro passa por segunda vasectomia; entenda o procedimento
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou por uma vasectomia no início da noite de ontem (30), procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos biológicos.
O político de 64 anos já havia feito a cirurgia uma vez, mas desfez a técnica para que sua esposa, Michelle Bolsonaro, pudesse engravidar.
O que é a vasectomia?
É um procedimento cirúrgico que consiste no corte de 1 cm a 2 cm e na ligadura ou remoção de um segmento dos ductos deferentes. Esses canais conduzem os espermatozoides fabricados nos testículos e nos epidídimos para formarem ou sêmen (ou esperma) junto com o fluido prostático e das vesículas seminais.
A operação dura entre 30 a 60 minutos, dependendo de fatores como a técnica cirúrgica empregada e condições anatômicas.
Como é feita a reversão da vasectomia?
A reversão é feita por meio de uma nova cirurgia, mais trabalhosa e demorada. O paciente fica sob anestesia geral e a técnica é realizada com uso de microscópio cirúrgico e fios de sutura cinco vezes mais finos que um fio de cabelo.
O sucesso da operação depende de uma técnica microcirúrgica cuidadosa, da experiência do cirurgião e também do tempo decorrido entre a vasectomia e o novo procedimento — quanto maior o intervalo, menor a probabilidade do homem voltar a ser fértil.
A chance de restabelecer a passagem dos espermatozoides pelo canal bloqueado pela vasectomia é por volta de 90% até 5 anos. Já após 10 anos, passa a ser de 60% a 70% e, depois de 15 anos há até 50% de chance.
Quem pode fazer a vasectomia?
Por lei, o procedimento só é permitido no Brasil para homens maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico.
Nesse período, a pessoa interessada passará por uma avaliação com um assistente social e um psicólogo para saber se encaixa-se no perfil e está liberado para realizar a vasectomia.
Há chances de complicações?
Os riscos de complicações são baixos (acontece em cerca de 1% a 2% dos casos) e envolvem pequeno sangramento, hematoma, infecção e dor escrotal crônica.
Depois da vasectomia o homem para de ejacular?
Não. A cirurgia não altera nenhuma das características da função sexual. Em alguns casos, há uma redução de 5% a 10% no sêmen, que não é fácil de ser notada a olha nu. Os espermatozoides também continuam sendo fabricados normalmente pelos testículos, ficam retidos nos ductos deferentes e epidídimos e são absorvidos pelo organismo após cerca de 90 dias.
A única diferença é que após a vasectomia o líquido seminal não possui mais espermatozoides e, com isso, o paciente fica impossibilitado de engravidar a parceira.
*Com informações da reportagem de Daniel Navas, publicada em 16/08/2019.
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