Exposição a pequenas partículas de poluição eleva risco de ataque cardíaco
Provavelmente, você sabe que a poluição faz mal para a saúde da sua pele e dos seus pulmões. Pois saiba também que a "sujeira" presente no ar que respiramos nas grades cidades também coloca em risco seu coração. A American Heart Association já apontou que a poluição do ar é responsável por problemas cardiovasculares como infarto, AVC e hipertensão. E um novo estudo realizado pela Universidade Yale (EUA) descobriu que a exposição a partículas ultrafinas (UFP) presentes na poluição do ar gera um pequeno aumento (de até 5,84%) na chance de sofrer um ataque cardíaco não fatal.
Emitidas principalmente pelos automóveis, as partículas ultrafinas têm 100 nanômetros ou menos. De tão pequenas que são, elas conseguem ultrapassar as barreiras respiratórias que impedem a entrada de substâncias nocivas em nosso organismo. Uma vez "dentro do corpo", essas micropartículas caem no sistema sanguíneo e conseguem penetrar nas células, prejudicando a saúde.
"Nosso estudo confirma algo que há muito se suspeitava: as pequenas partículas de poluição do ar podem desempenhar um papel importante em doenças cardíacas, especialmente nas primeiras horas em que as pessoas se expõem a essas substâncias", diz Kai Chen, professor assistente da Escola de Saúde Pública de Yale e principal autor do estudo publicado na revista Environmental Health Perspectives.
Para chegar a essa associação entre a exposição a pequenas partículas de poluição do ar e maior risco de doenças cardíacas, os cientistas de Yale, junto com colegas alemães da Helmholtz Center Munich, do Hospital Universitário de Augsburg e do Hospital Nördlinge, analisaram mais de 5.800 pacientes que sofreram um ataque cardíaco não fatal entre 2005 e 2015, em Augsburg (Alemanha).
Eles cruzaram a hora em que cada pessoa sofreu o infarto com a quantidade, comprimento e concentração de pequenas partículas de poluição no ar. Então, concluíram que o número de ataques cardíacos não fatais foi 3,27% maior nas seis horas em que havia maior número de pequenas partículas; 5,71% maior quando o comprimento dessas partículas era maior; e 5,84% maior quando a concentração de área superficial das partículas era maior.
O aumento no risco foi pequeno e novos estudos precisam ser feitos para confirmar a associação entre as pequenas partículas e o risco de doenças cardíacas. No entanto, os resultados servem para reforçar os prejuízos que a poluição traz para nosso organismo e a importância de investir em políticas para melhorar a qualidade do ar que respiramos.
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