Estudo mostra por que vírus zika causou mais danos em crianças no Brasil
Pesquisadores da Universidade de Medicina de Washington, nos Estados Unidos, descobriram por que o vírus Zika provocou mais danos em bebês no Brasil. Os resultados do estudo foram publicados no periódico The Journal of Nueroscience.
Na época, enquanto os cientistas tentavam descobrir a relação do Zika vírus e a microcefalia, o número de casos só crescia no Brasil. E o que mais chamou atenção dos médicos foi que 83% deles vieram do nordeste do país.
Os cientistas descobriram que a cepa do vírus que circulava na Paraíba em 2015 foi particularmente prejudicial ao cérebro em desenvolvimento dos bebês recém-nascidos.
Como o estudo foi feito
- Para chegar aos resultados, os cientistas estudaram duas cepas do vírus Zika: uma de um surto na Polinésia Francesa em 2013, que estava associado a um baixo risco de microcefalia e outra da Paraíba que era de 2015.
- Os pesquisadores infectaram um grupo de filhotes de ratos recém-nascidos com uma determinada cepa e um segundo grupo com outro tipo de estirpe.
- O cérebro de camundongos estava em um estágio de desenvolvimento semelhante ao de um feto humano no segundo trimestre, quando o vírus Zika causa danos consideráveis.
- Porém, depois de um período, os cientistas perceberam que os camundongos infectados com a cepa da polinésia francesa pareciam combater a infecção cerca de duas semanas depois, além de não ter danos aparentes.
- No entanto, os camundongos que receberam as cepas da Paraíba tiveram uma neurodegeneração até 30 dias depois de infectados, além de apresentar cérebros menos desenvolvidos.
Por que a cepa da Paraíba se tornou perigosa?
Os cientistas acreditam que fatores ambientais como dengue ou outros vírus que circulavam ao mesmo tempo poderiam afetar a capacidade do zika de superar as defesas do corpo e causar danos cerebrais graves.
Os autores acreditam ainda que uma mutação na cepa da Paraíba pode afetar sua virulência ou capacidade de causar doenças.
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