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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Pessoas desenvolvem empatia mesmo em situações de descanso, diz estudo

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

24/02/2020 16h11

Se colocar no lugar do outro e entender determinadas situações. Esses são alguns sinais para mostrar se uma pessoa tem empatia.

Mas será que é possível desenvolver o sentimento em qualquer situação do dia a dia, inclusive enquanto descansa? De acordo com um novo estudo, publicado na revista Frontiers in Integrative Neuroscience, a resposta é sim.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliaram a empatia no cérebro por meio de exames de ressonância magnética.

Como o estudo foi feito

  • Os cientistas recrutaram 58 participantes, de 18 a 35 anos, para um experimento funcional de ressonância magnética.
  • Eles mediram e mapearam a atividade cerebral acompanhando mudanças sutis no fluxo sanguíneo.
  • Durante a pesquisa, os participantes que olharam para um determinado ponto de referência branco que estava em uma tela preta e pediram que deixassem a mente descansar.
  • Os pesquisadores gravaram imagens funcionais do cérebro em seu estado de repouso.
  • Depois desse procedimento, os voluntários preencheram um questionário chamado "Índice de Reatividade Interpessoal", que mede os aspectos cognitivos e emocionais da empatia.
  • O teste possui 24 afirmações e os participantes devem colocar de 0 para "não me descreve muito bem" a 5 para "me descreve muito bem".
  • Algumas frases no teste incluem "Às vezes, tento entender melhor meus amigos imaginando como as coisas são da perspectiva deles" ou "Quando vejo alguém sendo passado para trás, sinto-me meio protetor em relação a eles".

Para a surpresa dos cientistas, os exames mostraram que mesmo quando a pessoa não está em uma situação que envolve empatia, a atividade cerebral pode revelar a disposição empática das pessoas.

"A beleza do estudo é que as ressonâncias magnéticas nos ajudaram a prever os resultados do questionário de cada participante", diz Marco Lacoboni, um dos autores do estudo.

Para ele, a pesquisa pode ajudar no pessoas com espectro do autismo e outras condições que alguns especialistas acreditam ter pouca ou nenhuma empatia.