Pessoas desenvolvem empatia mesmo em situações de descanso, diz estudo
Se colocar no lugar do outro e entender determinadas situações. Esses são alguns sinais para mostrar se uma pessoa tem empatia.
Mas será que é possível desenvolver o sentimento em qualquer situação do dia a dia, inclusive enquanto descansa? De acordo com um novo estudo, publicado na revista Frontiers in Integrative Neuroscience, a resposta é sim.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliaram a empatia no cérebro por meio de exames de ressonância magnética.
Como o estudo foi feito
- Os cientistas recrutaram 58 participantes, de 18 a 35 anos, para um experimento funcional de ressonância magnética.
- Eles mediram e mapearam a atividade cerebral acompanhando mudanças sutis no fluxo sanguíneo.
- Durante a pesquisa, os participantes que olharam para um determinado ponto de referência branco que estava em uma tela preta e pediram que deixassem a mente descansar.
- Os pesquisadores gravaram imagens funcionais do cérebro em seu estado de repouso.
- Depois desse procedimento, os voluntários preencheram um questionário chamado "Índice de Reatividade Interpessoal", que mede os aspectos cognitivos e emocionais da empatia.
- O teste possui 24 afirmações e os participantes devem colocar de 0 para "não me descreve muito bem" a 5 para "me descreve muito bem".
- Algumas frases no teste incluem "Às vezes, tento entender melhor meus amigos imaginando como as coisas são da perspectiva deles" ou "Quando vejo alguém sendo passado para trás, sinto-me meio protetor em relação a eles".
Para a surpresa dos cientistas, os exames mostraram que mesmo quando a pessoa não está em uma situação que envolve empatia, a atividade cerebral pode revelar a disposição empática das pessoas.
"A beleza do estudo é que as ressonâncias magnéticas nos ajudaram a prever os resultados do questionário de cada participante", diz Marco Lacoboni, um dos autores do estudo.
Para ele, a pesquisa pode ajudar no pessoas com espectro do autismo e outras condições que alguns especialistas acreditam ter pouca ou nenhuma empatia.
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