Visita anual ao oftalmologista ajuda a diagnosticar câncer raro nos olhos
Resumo da notícia
- Melanoma ocular é um tipo de câncer raro que atinge os olhos principalmente de pessoas acima de 50 anos
- O tratamento é através de quimioterapia, radioterapia ou, em casos mais grave, retirada do globo ocular
- Passar por consulta no oftalmologista uma vez ao ano ajuda a prevenir ou diagnosticar precocemente os tumores oculares
Na hora de fazer aquele check-up para verificar se está tudo em dia, lembramos de sangue, coração, diabetes, colesterol, articulações. A lista é extensa. Mas será que você se lembra de cuidar dos olhos?
Grande parte das pessoas se esquece e acredita que o único problema mais sério que atinge essa área é a falta da visão, mas esse pensamento pode te prejudicar.
Visitas frequentes ao oftalmologista —o indicado é que se vá uma vez ao ano— e a realização de exames rotineiros, que não demoram nem 15 minutos e são feitos no próprio consultório, podem ajudar a prevenir um tipo raro de câncer: o que atinge os olhos.
O melanoma ocular atinge as células produtoras de melanina (pigmento responsável pela coloração da pele e também dos olhos) e é o câncer mais comum dessa parte do organismo que atinge pessoas adultas.
Pessoas brancas e acima dos 50 anos estão entre as principais vítimas. De origem hereditária, na grande maioria das vezes ele se manifesta de forma silenciosa e quando os primeiros sinais de incômodo aparecem o tumor já está em estágio avançado.
Os sinais e sintomas do melanoma ocular podem incluir:
- Problemas de visão
- Manchas (pontos ou flashes de luz) no campo de visão
- Perda de parte do campo visual
- Crescimento de um ponto escuro na íris
- Alteração no tamanho ou forma da pupila
- Alteração na posição do globo ocular dentro de sua órbita
- Abaulamento dos olhos
- Alteração na forma como o olho se move dentro da órbita.
A dor é rara, exceto em casos de crescimento do lado de fora do olho. Quando não diagnosticado precocemente, o melanoma ocular pode evoluir com gravidade, causando metástase e se espalhando para outros órgãos do corpo, atingindo principalmente o fígado.
O tratamento do tumor se dá como na maioria dos demais cânceres, através de radioterapia, quimioterapia e, em casos mais graves, a retirada do globo ocular. Para proteger os demais tecidos do olho, em alguns casos, é utilizada a braquiterapia, que foca a radiação apenas na pequena área onde é necessária. O tratamento é definido de acordo com o tamanho e localização do tumor e comorbidades do paciente.
Quando descoberto no início, há grandes chances de o paciente se curar e a visão ser preservada. Fatores ambientais, como a exposição prolongada ao sol sem proteção [uso de óculos solares], não têm ligação com a doença e a maneira mais eficaz de preveni-lo é ir regularmente ao oftalmologista.
Crianças também são atingidas
Outro tipo de câncer nos olhos que requer atenção é o retinoblastoma. Raro e silencioso, o tumor maligno de origem genética se desenvolve principalmente em crianças com até 5 anos de idade, na maioria das vezes levando o paciente à morte.
Apesar de grave, visitas rotineiras ao oftalmologista ajudam a prevenir ou diagnosticar precocemente a doença. Quando descoberto no começo, as chances de cura são grandes.
Outra forma que pode ajudar a acender o sinal de alerta para a doença é observar as fotografias. Se nas imagens aparecer uma mancha branca nos olhos provocada pelo flash da câmera a recomendação é levar à criança ao médico para um exame mais detalhado.
Fique atento
- Frequência: Deve-se consultar o oftalmologista uma vez ao ano.
- Oftalmoscopia: o oftalmoscópio é um aparelho usado para avaliar as condições do fundo do globo ocular. São observados disco óptico, coroide, retina e vasos sanguíneos. O objetivo é identificar possíveis consequências do glaucoma, diabetes ou hipertensão nos olhos.
- Exame de refração: o exame avalia a necessidade de uso de lentes corretivas, os famosos óculos.
- Exames oftalmológicos complementares: em toda consulta oftalmológica os dois exames anteriores serão realizados. Porém, em casos específicos, o oftalmologista poderá solicitar exames complementares como ultrassom, microscopia especular ou angiografia.
Fontes: Felipe Ades, oncologista do centro especializado em oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP); Keila Monteiro de Carvalho, professora titular de oftalmologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Kássey Vasconcelos, oftalmologista do D'Olhos Hospital Dia de São José do Rio Preto (SP).
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