Preguiça de malhar? O problema pode estar nos seus genes
Você é do tipo que odeia academia, não se exercita de jeito nenhum e tem preguiça de malhar? Segundo um novo estudo, a repulsa por exercícios físicos pode estar nos seus genes. Os resultados foram publicados no periódico The New England Journal.
Pesquisadores da King's College London, na Inglaterra, descobriram uma ligação entre uma mutação genética que afeta a detecção de oxigênio celular e a capacidade limitada de exercício.
Para chegar a essa conclusão, a equipe também descobriu que aqueles com o gene tinham taxa de crescimento reduzida, açúcar no sangue constantemente baixo, capacidade limitada de exercício e um número extremamente alto de glóbulos vermelhos.
A equipe realizou análises genéticas e proteicas dos pacientes, examinou sua fisiologia respiratória, além de medir sua capacidade de exercitar-se. O voluntário também foi submetido a uma série de testes metabólicos.
Ao fazer uma análise genética, os pesquisadores descobriram uma alteração no gene associada à funcionalidade das mitocôndrias do paciente, que é responsável por "alimentar" a vida celular.
Os cientistas explicaram que o gene von Hippel Lindau (VHL) é fundamental para as células sobreviverem quando a disponibilidade de oxigênio é reduzida. Ele desempenha um papel vital na composição genética de uma pessoa, contribuindo principalmente para a sobrevivência das células humanas quando a capacidade de absorver oxigênio é reduzida.
Os cientistas explicam que por causa dessa redução da eficiência mitocondrial ocorre a limitação da capacidade de exercício aeróbico do paciente em comparação com pessoas sem a mutação.
Por isso os resultados podem ajudar a explicar a relação entre falta de interesse e prática de exercícios. De acordo com pesquisadores, o estudo fornece base para entender novas mutações que afetam as vias de detecção de oxigênio e a maneira como essas mutações estão associadas à função integradora do corpo humano como um todo.
"A descoberta dessa mutação e do fenótipo associado é empolgante porque permite uma compreensão mais profunda da fisiologia humana, especialmente em termos de como a o corpo humano sente e responde à disponibilidade reduzida de oxigênio", disse um dos autores do estudo.
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