Coronavírus: devo cancelar cirurgias eletivas? O que é uma emergência?
Diante do medo e aumento nos números de casos do coronavírus no Brasil, a população precisou se adequar a uma rotina diferente. Viagens, consultas médicas, exames e até cirurgias precisaram ser remanejadas.
E se você já estava com uma cirurgia eletiva programada, o ideal é remarcar. Isso se o próprio hospital, médico ou clínico não o fizer. Procedimentos eletivos são aqueles que não são considerados de emergência, como operar varizes e cirurgias estéticas, por exemplo.
"O ideal é aguardar um pouco e comunicar-se com o médico. É possível que não haja leitos suficientes para cirurgias eletivas e por isso o recomendado é remarcar", diz Renato Grinbaum, infectologista da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
Em casos graves, pedras no rim, por exemplo, o hospital não deixará de atender o paciente. No entanto, o local poderá ter dificuldade em acomodá-lo, já que está tudo cada vez mais lotado e com uma alta demanda. "Se o desconforto for muito grande, o ideal é ir para o hospital, sim", afirma Grinbaum.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica informou que as cirurgias eletivas de casos menos graves de câncer serão suspensas. Em comunicado oficial, o órgão disse que muitas regiões, com maior ênfase para Juiz de Fora, São Paulo e Rio de Janeiro, já suspenderam a realização de cirurgias eletivas. Em breve, a suspensão pode atingir todo o país.
Mesmo com as medidas preventivas, de contenção da disseminação do novo coronavírus, a expectativa é de aumento da notificação de casos no país e, com isso, as unidades hospitalares deverão direcionar mais leitos para os pacientes com diagnóstico de Covid-19.
Há riscos de fazer uma cirurgia agora?
O recomendado é realizar cirurgias eletivas somente quando a pandemia passar. Caso a pessoa precise de um procedimento de urgência, o ideal é ir a um hospital ou unidade de saúde emergencial, mesmo com a recomendação de isolamento. Não há por que ter medo ou pânico.
O infectologista ressalta que os hospitais possuem alas separadas e estão preparados para receber pacientes que não estejam com a covid-19. Além dos infectados. "O ambiente é seguro, principalmente paras as pessoas que não tem a doença. Não há cruzamento de pacientes."
Normalmente, os hospitais reservam alas para receber pacientes com a doença, mesmo que não sejam ocupadas. Grinbaum explica que o centro cirúrgico não é um lugar que o paciente com covid-19 circulará. "O que deve ser levado em consideração neste momento é a capacidade de leitos hospitalares para dar conta dessas cirurgias. Se der para adiar, adie."
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