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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Por que eu desmaio sempre que vejo sangue?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

24/03/2020 04h00

Diante de uma situação de muito medo, pânico, ou pavor, o organismo de algumas pessoas acaba por descarregar uma alta quantidade de hormônios, como a adrenalina, por exemplo. E isso faz com que ocorra uma queda da frequência cardíaca, da pressão arterial e, como consequência, vem o desmaio. Chamado de fenômeno vasovagal, essa condição requer atenção exatamente pelo fato do medo chegar ao ponto do desmaio. Afinal de contas, expõe ainda mais a pessoa ao perigo, em vez de dar-lhe condições de se defender.

Ao ver sangue, é comum ter a sensação de mal-estar, mas nada próximo a um desmaio. Quando isso acontece, significa que a pessoa passou do seu limite. Algum conflito foi ativado e ela não suportou a situação. Na psicanálise, isso é chamado de sintoma neurótico, como efeito de uma neurose.

Para tentar vencer esse medo ao sangue, o ideal é procurar ajuda profissional de psicologia. Ele poderá contribuir com artifícios para que a pessoa enfrente essa neurose, até chegar o momento em que ver sangue não seja mais algo traumático.

O que fazer quando alguém desmaia perto de mim?

Em primeiro lugar, é preciso ligar para o SAMU (Serviço Ambulatório Móvel de Urgência), pelo número 192. E durante a espera pela chegada dos profissionais,
recomenda-se:

  • Deitar a pessoa no chão, preocupando-se em colocar as pernas mais altas que a barriga;
  • Auxiliar o indivíduo a respirar, afrouxando suas roupas;
  • Na medida do possível, conversar com a pessoa e relatar calmamente o ocorrido, auxiliando o sujeito a reorientar-se no espaço e tempo;
  • Aguardar o atendimento especializado junto com a pessoa.

Já para quem desmaia inclusive quando faz exames de sangue, o correto é avisar o profissional de saúde. Assim, ele providenciará que o processo seja realizado com a pessoa deitada.

Fontes: Alfredo Salim Helito, médico de família do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo; Carlos Augusto Monguilhott Remor, psicanalista e professor de psicanálise da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina); e Eduardo Fraga, professor de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

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